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Pires: choro ao discursar na tribuna da Câmara de Curitiba | Rodolfo Bührer / Arquivo Gazeta do Povo
Pires: choro ao discursar na tribuna da Câmara de Curitiba| Foto: Rodolfo Bührer / Arquivo Gazeta do Povo

O vereador Denilson Pires (DEM) voltou ontem à Câmara Municipal de Curitiba recebendo "apoio moral" de colegas. Preso no dia 31 de agosto sob suspeita de ter cometido fraude no Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba (Sindi­­­moc), do qual é presidente, Pires chorou ao discursar da tribuna. Disse ser inocente e afirmou que seus filhos estão com vergonha de ir à escola.

Três vereadores fizeram discursos sobre a situação do parlamentar. "Demos uma força moral para ele. Ele parecia realmente abatido e não é nosso papel prejulgar. O julgamento vai ficar a cargo da Justiça", afirmou o vereador Celso Torquato (PSDB). Primeiro-secretário da Câmara, Torquato diz ter feito seu pronunciamento de apoio a Denilson Pires em nome da Mesa Executiva. Além dele, os vereadores Mario Celso (PSB) e Paulo Frote (PSDB) também se manifestaram.

Segundo o Grupo de Atua­­­­ção Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, Pires estaria envolvido em um esquema de desvio de dinheiro do sindicato. Além dele, também foram presos o ex-vereador Valdenir Dias, advogado do sindicato, e Valdecir Boleti, tesoureiro.

Conselho de Ética

Pires será ouvido amanhã pelo Conselho de Ética da Câmara Municipal, para que se decida se ele responderá a algum procedimento interno. A decisão foi tomada ontem, em duas reuniões feitas após a sessão plenária do dia. Da primeira, marcada pelo presidente da Câmara, João Claudio Derosso (PSDB), participaram todos os líderes partidários. A segunda foi exclusiva para os integrantes do Conselho de Ética.

"O próprio vereador se colocou à disposição", afirmou o presidente do conselho, vereador Roberto Hinça (PDT). "E queremos ouvi-lo até para entender direito as acusações. Ainda não está muito claro para nós o que ocorreu", disse Hinça. Além do presidente, participam do conselho de ética os vereadores Aladim Luciano (PV), Julieta Reis (DEM), Profes­­­sora Josete (PT) e Serginho do Posto (PSDB).

Segundo Hinça, ainda não foi registrada oficialmente na Câmara nenhuma representação ou denúncia formal contra Denilson Pires. "Em teoria, qual­­­quer cidadão pode ir ao pro­­­tocolo da Câmara e pedir que um vereador seja investigado. Mas isso ainda não aconteceu", disse.

A reportagem procurou Pires para que ele se pronunciasse sobre a sua situação. A assessoria de im­­pren­­­sa disse que, por en­­­quan­­­to, ele não pretende se manisfestar.

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