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Após negar reajuste integral, Alep anuncia novo gasto

Legislativo irá conceder progressão de carreira para os seus 386 funcionários efetivos. Medida vai custar pouco mais de R$ 10,7 mi ao ano

Presidente da Assembleia pousou com servidores para fotografias no plenário e recebeu aplausos. | /
Presidente da Assembleia pousou com servidores para fotografias no plenário e recebeu aplausos. (Foto: /)

Um dia depois de rejeitar o reajuste salarial de 8,17% para os servidores do governo do estado, a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) anunciou, nesta terça-feira (23), uma progressão de carreira para os 386 funcionários efetivos da Casa. A medida vai custar aos cofres públicos cerca de R$ 10,7 milhões por ano.

O benefício diz respeito à progressão por antiguidade – quando o funcionário sobe na carreira depois de ter atuado dentro de uma faixa funcional por determinado período, conforme previsto na legislação. Segundo a Assembleia, porém, a medida nunca foi aplicada aos servidores da Casa em quase 30 anos. Na sequência, o Legislativo ainda deve implantar a promoção por merecimento e por títulos aos funcionários efetivos.

“Não tem nada a ver o que estamos assinando aqui hoje com a questão dos professores. Não estamos concedendo uma benesse ou regalia, mas reparando graves injustiças, corrigindo erros históricos. Sempre deixamos muito claro que pretendemos reconhecer e valorizar os servidores”, defendeu o presidente do Legislativo estadual, Ademar Traiano (PSDB).

O tucano afirmou que em torno de 100 funcionários estavam aguardando há bastante tempo a concessão do benefício de antiguidade para entrarem com o pedido de aposentadoria.

Com isso, a promessa é realizar um concurso público até o fim do ano para preencher essas vagas. “O anúncio feito hoje é um passo nesse sentido. Estamos avaliando qual entidade vai organizar as provas e conversando com o Ministério Público, que será o avalista do concurso”, disse Traiano.

Reajuste

Ao assinar a concessão do benefício, Traiano fez questão de convocar ao plenário todos os servidores da Casa, com quem pousou para fotografias, distribuiu abraços e recebeu aplausos. A medida, na verdade, foi uma estratégia para evitar o descontentamento dos funcionários com o anúncio do reajuste salarial, que deve ser feito nesta quarta-feira (24).

Apesar de a inflação de maio de 2014 a abril deste ano ter sido de 8,17%, a tendência é que o porcentual oferecido seja de 3,45%, o mesmo que será pago aos quadros do Executivo. Politicamente, a Assembleia passaria uma imagem ruim à população se pagasse os 8,17% aos próprios funcionários, depois de negar o índice aos servidores do governo.

“Pessoalmente, defendo que acompanhemos o que foi aprovado para o Poder Executivo. Mas não decido nada sozinho. Vou decidir essa questão em conjunto com todos os 54 deputados”, afirmou Traiano. A reunião para debater o assunto está marcada para as 11 horas desta quarta.

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