Após reclusão, Eduardo Campos faz maratona de inaugurações em PE

• 0

Depois de um período afastado das ruas, o governador Eduardo Campos (PSB-PE), provável candidato à Presidência da República, retomou a "agenda positiva" nas ruas, com a presença da população. Desde os protestos de junho, o governador se dedicava a agendas administrativas ou a eventos com público restrito. Esteve, por exemplo, na Campus Party e em uma reunião da Comissão Estadual da Verdade.Nos últimos 26 dias, porém, inaugurou 20 obras em 15 cidades diferentes.

A maioria foi no interior, sob menos holofotes da imprensa e em territórios onde a população ainda venera seu avô, o ex-governador Miguel Arraes (1916-2005).Hoje, testou sua popularidade na inauguração de um viaduto em Olinda, na região metropolitana do Recife.

Eduardo Campos foi cercado por moradores da área, tirou fotos, ganhou presente e foi saudado como "presidente" e "melhor governador do país".

Pesquisa Ibope divulgada no mês passado mostra Campos como o governador mais bem avaliado entre administrações de 11 Estados. Em Pernambuco, 58% consideram seu governo "ótimo" ou "bom".

Presente

A artista plástica Elvira Michiles, 63, entregou a Campos um quadro feito por ela com o escudo do Náutico, time do governador. Funcionária da Prefeitura de Olinda e "amiga do prefeito e do governador", Michiles disse que já havia presenteado Arraes com um quadro com o rosto dele. Ela agora diz que faz uma obra com a face do governador.

"Aqui para o Nordeste [o candidato à presidência] mais viável seria Eduardo", disse Pedro Roberto Sobrinho, empresário da construção que cumprimentou Campos como "presidente".

Ele disse não ter contratos com o governo nem com a prefeitura e afirmou que foi à inauguração apenas para cumprimentar o governador.

Campos disse considerar normal inaugurar tantas obras neste momento, pois elas seguem um cronograma que tem início com consultas à população e termina com o lançamento das obras. "Chegou o tempo de inaugurar muitas obras. Outras estão sendo entregues sem que eu vá. As pessoas até cobram [minha presença]. É natural. É um tempo de entregar mesmo", afirmou o possível candidato à Presidência.