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Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, teria citado o ministro Dias Toffoli em pré-acordo de delação premiada. | Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, teria citado o ministro Dias Toffoli em pré-acordo de delação premiada.| Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

A Procuradoria-Geral da República (PGR) suspendeu as negociações do acordo de colaboração premiada do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro e outros ex-executivos da empreiteira, na Operação Lava Jato. A informação foi divulgada na edição desta segunda-feira (22) do jornal O Globo e confirmada mais tarde pelo órgão.

O procurador-geral da Republica Rodrigo Janot decidiu por fim as negociações depois do vazamento de informações sigilosas tratadas na fase de um pré-acordo de colaboração firmado há duas semanas.

Janot teria entendido que a divulgação de uma informação sobre citação ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli teria como objetivo forçar a PGR a aceitar o acordo de delação conforme os interesses dos investigados. A avaliação é que houve quebra de confidencialidade, uma das cláusulas do pré-acordo firmado há duas semanas entre o grupo de trabalho do MPF e os advogados da empreiteira.

Em uma das mensagens extraídas do celular de Pinheiro, há referência a uma obra na casa de um ministro do STF, mas não há nomes nem indicação da prática de crime.

A revista Veja publicou na edição desta semana que Toffoli foi citado por Léo Pinheiro. Segundo a reportagem, o ex-executivo da OAS teria se comprometido a falar sobre conversa que manteve com o ministro do Supremo. Ainda conforme a revista, no encontro, Toffoli teria reclamado que tinha problemas de infiltração em sua casa. Após a conversa, a OAS teria enviado engenheiros à residência do ministro e indicado uma empresa para fazer o serviço. A revista informa que Toffoli contratou a empresa e arcou com a conta. Não há qualquer referência sobre pagamentos indevidos ao ministro. O próprio Toffoli disse que não tem relação de proximidade com o ex-presidente da OAS. O ministro ainda confirmou que ele mesmo pagou a conta do serviço de impermeabilização.

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