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Investigações

Relatoria da CPI fica com opositor

Folhapress

Brasília - Um acordo fechado ontem entre deputados distritais colocou a relatoria da CPI da Corrupção na Câmara Legislativa do Distrito Federal nas mãos do deputado Paulo Tadeu, líder do PT e um dos principais opositores do governador afastado José Roberto Arruda (sem partido).

A presidência foi entregue à deputada Eliana Pedrosa (DEM), ex-secretária de Desenvolvimento Social do governo Arruda.

Instalada em 11 de janeiro, a comissão foi criada para investigar contratos do governo local que estão sob suspeita de financiarem o esquema de corrupção que envolve o governador afastado. O pedido estabelece ainda que a investigação deve envolver três gestões do ex-governador Joaquim Roriz (PSC) e uma do ex-governador e atual senador Cristovam Buarque (PDT).

Brasília - Após 25 dias preso, o governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), deixou ontem a Superin­­­tendência da Polícia Federal pela primeira vez para realizar exames no Hospital Juscelino Kubitschek, no Sudoeste, bairro nobre da capital federal. Há suspeita de que o ex-democrata estaria com trombose (formação de um coágulo de sangue no interior de um vaso sanguíneo) no tornozelo direito.

Arruda reclamou que estava com inchaço e sentindo fortes dores no tornozelo, que foi operado no fim do ano passado após a ruptura nos ligamentos. Os médicos da Polícia Federal aconselharam que ele fosse levado para avaliação em um hospital. O resultado dos exames ainda não foi divulgado.

A ida de Arruda ao médico pode ser um sinal de que a defesa do governador deve tentar transferi-lo para um clínica médica. A possibilidade foi levantada após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter negado o pedido de habeas corpus de Arruda, na semana passada.

Desde que o governador foi preso, os advogados reclamam das condições do atendimento médico nas instalações da Polícia Federal. Segundo a PF, o governador afastado passa por avaliação diária de um cardiologista e não há nenhum quadro de anormalidade no estado de saúde de Arruda.

Notificado

Arruda foi notificado ontem à revelia, na prisão, de que a Câ­­­mara Legislativa abriu processo de impeachment contra ele. Acompanhado de dois procuradores da Câmara que serviram de testemunha, o primeiro-secretário da Câmara, Batista das Cooperativas (PRP), foi até a Superintendência da Polícia Federal para formalizar a abertura do processo de cassação. Arruda não teria assinado o documento.

Após o governador apresentar sua defesa, um parecer será elaborado pela comissão especial da Câmara criada para analisar o impeachment. Se aprovado, será encaminhado ao plenário. Arruda pode renunciar ao mandato para escapar da cassação até o início da segunda votação em plenário.

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