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A Polícia Federal acredita que o roubo de R$ 164,7 milhões do Banco Central, em Fortaleza , a tentativa de assalto a duas agências bancárias, em Porto Alegre, e a recente apreensão de um arsenal de guerra no Paraguai estejam todos ligados. Segundo o adido da PF na embaixada brasileira, delegado Agripino Oliveira, há indícios relacionando esses crimes ao traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e a duas facções de Rio e São Paulo. A suspeita é que parte do dinheiro roubado em agosto do ano passado no Ceará esteja financiando a compra de armas no Paraguai.

No último domingo, agentes paraguaios da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) descobriram 615 fuzis, escopetas e pistolas e grande quantidade de munição em um casebre na cidade de Pedro Juan Caballero, na maior apreensão do gênero naquele país. Segundo a Senad, o arsenal - avaliado em R$ 2,55 milhões - pertencia ao traficante Fernandinho Beira-Mar e seria entregue para traficantes do Rio e de São Paulo.

- Esses grupos estão capitalizados pelo roubo no BC, que rendeu cerca de US$ 80 milhões, e ainda há muito dinheiro com eles. Tanto é que alugaram um prédio, de onde construíam um túnel para os dois assaltos que fariam em Porto Alegre. Há muitos indícios apontando que essas facções estariam por trás dos dois crimes, ainda com a presença de bandidos do grupo paulista no Rio Grande do Sul no negócio - diz o delegado Agripino Oliveira.

Segundo a PF, a conexão entre os criminosos e o Paraguai é feita por Beira-Mar. O dinheiro arrecadado nos assaltos bancaria a compra de armamento, sob o intermédio de Beira-Mar.

Mesmo preso na penitenciária federal de Catanduvas (PR) e fora de circulação desde 2001 - quando foi capturado na selva colombiana -, o traficante ainda mostra seu poder. Dominando a Rota do Suriname - uma das principais vias de contrabando dos arsenais carioca e paulistano - ele tenta fortalecer a sua ação no Paraguai de olho também no dinheiro desses dois bandos.

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