Segunda maior da bancada da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) a partir do ano que vem, o PMDB decidiu ontem que vai apoiar Ademar Traiano (PSDB) para a disputa da presidência da Casa, em fevereiro. A decisão coloca o tucano como virtual eleito na briga com Ratinho Jr. (PSC). O adversário de Traiano, porém, segue confiante.
No início da semana, os oito deputados eleitos do PMDB se reuniram separadamente com os dois candidatos para ouvir o que cada um tinha a oferecer ao partido. Depois dos encontros, os peemedebistas foram para o voto: sete optaram por Traiano e apenas Artagão Jr. se absteve. Na chapa do tucano, o PMDB manterá o mesmo espaço que tem hoje na Mesa Diretora, embora a bancada tenha diminuído. Jonas Guimarães ocupará a primeira-vice-presidência e Ademir Bier, a segunda-secretaria.
Nereu Moura, atual líder do PMDB e que permanecerá no cargo, disse que o grupo encabeçado por Traiano fará "uma administração moderna, transparente e democrática, [que] vai ouvir os deputados e aperfeiçoar as conquistas que a Casa conquistou". O apoio ao atual líder do governo, porém, não garantirá o alinhamento com o governador Beto Richa (PSDB) no segundo mandato. "O PMDB não tem outro caminho a não ser fazer oposição. O Beto tem 17 partidos ao lado dele, não há espaço para mais ninguém. Só vamos sobreviver se investirmos num caminho alternativo", afirmou.
Candidatura mantida
Comandante da maior bancada da Casa na próxima legislatura, com 12 deputados, Ratinho Jr. disse aos peemedebistas que se manterá na disputa até o fim. Em entrevista ao portal Vanguarda Política, o futuro deputado estadual declarou que sua candidatura está em construção e que vem conversando com parlamentares de todas as legendas. Ratinho disse ainda não acreditar que os oito deputados peemedebistas votem em Traiano. "Já recebi telefonemas de deputados do PMDB, depois da reunião, afirmando que vão conosco. Nós sabemos que o partido está rachado. Não vai todo mundo junto", garantiu.
Ao lado de Ratinho, o PMDB poderia ocupar a primeira-secretaria, que comanda o orçamento da Assembleia, e ainda fechar acordos eleitorais para 2016 e 2018.
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