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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, afirmou que não tem "contas a prestar a politiqueiros" que questionam a compra de um apartamento em Miami, nos Estados Unidos. Também disse que é um "cidadão correto". "Eu comprei com o meu dinheiro, tirei da minha conta bancária, enviei pelos meios legais. Não tenho contas a prestar a esses politiqueiros", afirmou após sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O ministro disse que os críticos deveriam se preocupar com o desvio de recursos públicos e não com seus investimentos.

"Aqueles que estão preocupados com as minhas opções de investimento feitas com os meus vencimentos, com os meus ganhos legais e regulares, deveriam estar preocupados com questões muito mais graves que ocorrem no País, especialmente com os assaltos ao patrimônio público", disse. "Essa deveria ser a preocupação principal, e não tentar atacar aqueles que agem corretamente, que nada devem, enfim, um cidadão correto", acrescentou.

O ministro adquiriu o imóvel de cerca de R$ 1 milhão na cidade norte-americana por intermédio de uma empresa aberta com esse propósito, fornecendo o endereço de seu apartamento funcional em Brasília como referência. "Quanto a essas pessoas que vivem a me atacar, eu digo isso: Quem não deve, não teme", completou.

Associações de juízes estão questionando o formato adotado pelo ministro para realizar a compra. Eles apontam que a abertura de empresa e fornecimento do endereço funcional contraria a legislação em vigor, e estudam apresentar uma consulta ao CNJ para saber se um juiz de primeiro grau poderia fazer o mesmo.

Barbosa não pode ser interpelado perante o CNJ porque o Conselho não tem alcance sobre o Supremo, mas a consulta serviria de parâmetro. "Isso é politicagem. O CNJ não cuida dessas matérias", ponderou o ministro.

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