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Ameaça

Deputados cobram emendas

O Executivo estadual vai ser alvo de mais cobranças hoje, desta vez por parte dos deputados. Em reunião no Palácio Iguaçu, os líderes partidários da Assembleia discutirão com alguns secretários estaduais as emendas parlamentares. Até agora, não há qualquer garantia de que os R$ 2 milhões que cada deputado propôs em emendas ao orçamento deste ano sejam efetivamente pagos. O tema gerou um mal-estar entre o governo e a bancada do PMDB. Cobrando mais respeito e prestígio do governador Beto Richa (PSDB), os peemedebistas chegaram a ameaçar ir para a oposição.

O secretário estadual da Indústria e Comércio, Ricardo Barros, anunciou ontem que vai deixar a pasta. Vice-presidente nacional do PP, ele irá se dedicar exclusivamente à coordenação da estratégia do partido para as eleições municipais de 2012. Ao anunciar a saída, Barros deixou nas entrelinhas um recado ao governador Beto Richa (PSDB) de que a legenda merece mais espaço no primeiro escalão do Executivo estadual.

Apesar de sua saída ser especulada desde o início do ano, Barros vinha negando reiteradamente que deixaria o governo. Ontem, porém, em visita aos deputados na Assembleia Legislativa, confirmou a notícia e disse que vai fazer o que gosta: "política". Segundo ele, não há como conciliar a função de secretário com o trabalho à frente do PP, que exigirá a organização de chapas municipais por todo o país – a legenda pretende lançar 3 mil candidatos a prefeito neste ano. "Eu vou sair para cuidar da campanha. Preciso fazer política", afirmou.

Além da indefinição quanto à data da saída de Barros, o nome do substituto também está em aberto. A única certeza é de que a pasta deve seguir nas mãos do PP. Nos bastidores, o nome mais cotado é o do prefeito de Maringá e irmão de Ricardo, Sílvio Barros. A troca envolveria a renúncia de Sílvio à prefeitura. Isso abriria caminho para o vice-prefeito, Roberto Pupin (também do PP), fortalecer sua candidatura à sucessão maringaense.

Ricardo não desmentiu a ida de Sílvio para o governo, mas negou que o destino do irmão seja a Secretaria da Indústria e Comércio. Nas entrelinhas, ele ainda deixou transparecer o desejo de que o PP tenha maior participação no Executivo estadual. "Este espaço [a Indústria e Comércio], Maringá já tem. Tudo isso é um processo. O cargo é do partido. A nomeação é do governador. O processo está em andamento", declarou.

Questionado sobre o assunto, Sílvio não descartou a hipótese de renunciar à prefeitura e ir para o Executivo estadual. Antes disso, no entanto, ele disse que pretende conversar com o governador e ouvir a opinião da população de Maringá. "Fui considerado como uma das opções dentro do PP, para que o partido continue compondo o governo. Mas nunca conversei com o governador sobre isso", garantiu. "[Se eu for para o governo], não será neste momento, neste mês; nem será sem antes de ouvir o governador e a minha comunidade."

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