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“É uma maneira de cobrar de modo mais evidente as responsabilidades da nossa equipe”. Beto Richa (PSDB), prefeito de Curitiba, explicando por que adotou o sistema de metas de gestão | Pedro Serápio/Gazeta do Povo
“É uma maneira de cobrar de modo mais evidente as responsabilidades da nossa equipe”. Beto Richa (PSDB), prefeito de Curitiba, explicando por que adotou o sistema de metas de gestão| Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo

Prefeito diz que demite esposa se Justiça mandar

O prefeito Beto Richa (PSDB) citou apenas um membro do primeiro escalão durante os discursos de ontem: a primeira-dama e presidente da Fundação de Ação Social (FAS), Fernanda Richa. Reempossada no cargo, ela corre o risco de ser afastada caso seja aplicada a súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibiu o nepotismo a partir do ano passado e só permite que parentes de governantes ocupem secretarias ou ministérios. Fernanda foi nomeada para a FAS com base em um parecer da própria prefeitura de que a Fundação tem status de secretaria

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Richa governará quase sem oposição na Câmara

Os vereadores de Curitiba tomaram posse oficialmente ontem, mas a mudança de legislatura não significa grandes alterações dentro da Câmara Municipal. Assim como nos quatro anos anteriores, o prefeito Beto Richa (PSDB) vai governar quase sem oposição. Contará com o apoio de, ao menos, 29 dos 38 vereadores do município. Mesmo com a redução do PT dentro da Câmara, a oposição continuará com cinco representantes. Agora, serão dois vereadores do PMDB e três do PT.

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Os secretários municipais de Curitiba terão de se comprometer a cumprir metas em moldes empresariais estipuladas pelo prefeito Beto Richa (PSDB) nos próximos quatro anos. Eles vão assinar na próxima terça-feira um documento chamado "contrato de gestão", no qual assumem a responsabilidade de atingir uma relação de objetivos coletivos e individuais. Entre eles, está a redução de pelo menos 10% nas despesas com custeio em 2009, o que significa uma economia de R$ 250 milhões.

A iniciativa foi anunciada por Richa durante o discurso de posse no cargo. A cerimônia ocorreu ontem, junto com a posse dos vereadores e do novo secretariado. "Esse documento traduz em cada área os compromissos contidos no nosso plano de governo, e que podem ser resumidos no nosso objetivo de realizar o que chamamos de bom governo", disse.

O contrato é inspirado em um modelo adotado em Minas Gerais pelo governador Aécio Neves (PSDB). A idéia também teria a influência do novo secretário municipal do Planejamento, Alceni Guerra (DEM). O democrata foi o primeiro a adotar o sistema no serviço público – quando era ministro da Saúde, em 1991, estipulou um programa de metas para o Hospital Sara Kubitschek, em Brasília.

Richa, porém, garante que as principais referências são algumas "boas práticas" da iniciativa privada. "É uma maneira de cobrar de modo mais evidente as responsabilidades da nossa equipe." O documento também é visto pelo prefeito como uma forma de prestar de contas à sociedade quanto ao cumprimento do plano de governo apresentado durante a campanha de reeleição.

Novo secretariado

Durante o evento de ontem, Richa fez dois discursos e falou pouco sobre política. Nas entrevistas, enfatizou que não sofreu influências de partidos aliados na montagem do novo secretariado e que todas as rusgas, principalmente com setores do PP e do DEM, estariam resolvidas. Ele disse que se reuniu com os principais líderes dos dois partidos e que não há motivo para insatisfação.

Também evitou comentários de que pretende deixar o cargo para concorrer ao governo do estado em 2010. Segundo o prefeito, a aliança que ajudou a reelegê-lo tem outros bons nomes para a disputa – entre eles, citou o senador Osmar Dias (PDT), o deputado federal Gustavo Fruet (PSDB) e o senador Alvaro Dias (PSDB). Já o vice-prefeito, Luciano Ducci (PSB), deixou claro que está preparado para assumir o cargo daqui a dois anos.

Na mesma linha, Alceni Guerra confirmou que fará a articulação política entre Richa e os prefeitos do interior, passo fundamental para uma possível candidatura a governador. "Sou um ser político. Só não vou trabalhar nesse sentido se o Beto não permitir, o que eu acho que não deve ocorrer", disse o novo secretário.

Na opinião dele, Richa tem a aprovação da maioria dos colegas de pequenos municípios. "Mas o diálogo é sempre importante, até porque eu conheço bem a realidade do interior", afirmou Guerra, que foi prefeito de Pato Branco e é deputado federal licenciado.

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