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Presidente Lula toca vuvuzela em encontro com o presidente da África do Sul, Jacob Zuma. Fora do continente, é mais fácil. | Ricardo Stuckert/Presidência
Presidente Lula toca vuvuzela em encontro com o presidente da África do Sul, Jacob Zuma. Fora do continente, é mais fácil.| Foto: Ricardo Stuckert/Presidência

Em seu programa de rádio semanal, Café com o Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva fez um balanço do seu roteiro de viagens pela África na semana passada.

Lula esteve em Cabo Verde, Guiné Equatorial, Quênia, Zâmbia, Tanzânia e África do Sul estabelecendo acordos comerciais e parcerias, principalmente entre empresários brasileiros e africanos. Na sua avaliação, o Brasil precisa dar prioridade ao continente africano, porque o país possui uma "dívida histórica com a África".

O presidente ressaltou a participação brasileira no encontro da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao), em Cabo Verde. Depois do evento, que reuniu chefes de estado de 13 países, a comitiva seguiu para os demais países do roteiro. "É muito importante para o Brasil fazer essas viagens. O Brasil tem compromissos políticos de ajudar o continente africano a se desenvolver. O Brasil tem dívida histórica com os africanos, e nós achamos como essa dívida não pode ser paga com dinheiro. Ela é paga com solidariedade, com gestos políticos e com ajuda", disse Lula durante o programa desta segunda-feira (12).

Lula destacou um trabalho da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na cidade de Acra, em Gana, que ocorre há três anos. "Já conseguimos detectar que o solo africano, sobretudo o solo da savana africana, é muito parecido com o solo do cerrado brasileiro. Portanto, com um pouco de tratamento da terra, de correção de solo, poderemos transformar uma parte da savana africana numa produção de alimento extraordinária como é a produção do cerrado brasileiro", disse.

Comércio e investimentos

O presidente também falou sobre a importância do comércio entre o Brasil e países africanos: "De 2002 a 2010, nós tínhamos uma balança comercial de US$ 5 bilhões com a África, passamos a ter agora de US$ 26 bilhões. Cresceu muito e eu acho que pode crescer muito mais".

Na viagem, Lula foi acompanhado de empresários de diversos setores. "O Brasil pode investir muito no setor de serviços desses países. Por exemplo, construir linha de transmissão, construir hidrelétricas, construir ferrovia, construir rodovia, construir pontes. Ou seja, explorar mina de carvão, explorar minério de ferro, plantar cana-de-açúcar", exemplificou o presidente.

"Quando o Brasil financia uma empreiteira brasileira fazendo uma hidrelétrica na África, nós estamos exportando serviços estamos exportando engenharia, estamos ganhando dinheiro para o Brasil, e ajudando o país africano a se desenvolver. E eu acho que o Brasil não pode tratar o continente africano como se fosse uma coisa secundária, nós precisamos dar prioridade ao continente africano", reforçou.

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