• Carregando...
 |
| Foto:

Pinga-Fogo

Não acho que a classe política brasileira seja um escândalo; conheço gente séria, digna e correta. A verdade é que, infelizmente, certas lideranças, certos comandos seguem um caminho e se esquecem do povo.

Pedro Simon, senador (PMDB-RS), sobre a corrupção na Petrobras.

A Câmara Municipal de Curitiba publicou ontem em seu site um histórico dos registros da Casa e de outros órgãos sobre a escravidão na cidade. Em 1746, por exemplo, a Câmara recebeu uma ordem real para fabricar um carimbo com a letra "F" para marcar, com ferro e brasa, os escravos que tentavam fugir. Outra ordem foi para a Câmara nomear capitães-do-mato; se o escravo resistisse, a ordem real era clara: atirar para matar. Em outro registro, o primeiro jornal do Paraná, O Dezenove de Dezembro, na edição do dia 7 de novembro de 1855 trazia o resultado do julgamento do "réu africano Manoel", acusado de atacar um homem. Ele foi condenado a 150 açoites e a carregar um ferro no pescoço durante um ano. O Instituto Histórico e Geográfico do Paraná (IHGPR) tem ofícios do período preservados e o Museu Paranaense expõe instrumentos de tortura aos escravos, como o tronco de madeira, no qual a pessoa era presa pelos tornozelos e pulsos, em pé. A gravura acima retrata escravos carregando a sinhazinha e uma criança à missa, em Curitiba. A obra integra o acervo do IHGPR.

Sem feriado

A Câmara de Curitiba abriu espaço ontem para integrantes do Conselho Municipal de Política Étnico-Racial falarem sobre o feriado do Dia da Consciência Negra (20 de novembro), criado por lei municipal de 2013, mas que permanece suspenso na cidade por força de decisão judicial. Para o conselheiro Saul Dorval, a Associação Comercial do Paraná e o Sindicato da Indústria da Construção Civil, que recorreram contra o feriado, colocaram "o capital acima das questões relacionadas ao ser humano". A Câmara terá ponto facultativo hoje.

Sucessão

A Câmara Municipal de Curitiba decidiu a data da eleição do novo presidente. Será no dia 16 de dezembro, às 14 horas.

Marcha para Jesus

O Ministério Público do Paraná recomendou que o município de Curitiba pare de repassar recursos públicos para a Marcha para Jesus, evento que ocorre anualmente na cidade no mês de maio. Desde 2005, o evento, que está em sua 23ª edição, é parte integrante do calendário oficial da cidade. No ano passado, de acordo com informações da bancada evangélica da Câmara de Curitiba, o evento recebeu R$ 115 mil por meio de emendas dos vereadores ao orçamento. O dinheiro passa pelos cofres da Fundação Cultural de Curitiba antes de chegar aos organizadores do evento. Os vereadores da bancada evangélica afirmam que, embora respeitem a decisão do promotor, vão contestá-la judicialmente.

Prefeitos

A presidente Dilma Rousseff recebe hoje a direção da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) no Palácio do Planalto, em encontro que faz parte da agenda positiva que a presidente pretende construir no retorno do encontro do G-20, na Austrália. Entre os temas tratados estarão o aprimoramento do pacto federativo, a desoneração do transporte público e a adoção de medidas que garantam o equilíbrio fiscal dos municípios. A audiência foi solicitada pela FNP, presidida pelo prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT).

Deputado guardanapo

Ex-presidente da Câmara e um dos políticos de proa em Brasília nos últimos 40 anos, o deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE) fez ontem um longo discurso no plenário para marcar a sua aposentadoria. Com 76 anos e no final do seu décimo mandato consecutivo, Inocêncio foi um dos líderes da Arena, a sigla de apoio à ditadura militar, e do PFL (hoje DEM). Desde 1989 ele ocupou vários cargos na Mesa da Câmara, o que lhe rendeu o apelido de "deputado guardanapo" (que não sai da mesa).

Colaborou: Rogerio Waldrigues Galindo

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]