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Eduardo Campos, pré-candidato do PSB à Presidência da República | Daniel Marenco/Folhapress
Eduardo Campos, pré-candidato do PSB à Presidência da República| Foto: Daniel Marenco/Folhapress

Protesto

Dilma é vaiada na principal exposição pecuária do país

A presidente Dilma Rousseff foi vaiada no último sábado, durante a abertura oficial da 80ª edição da Expozebu, principal exposição pecuária do país, que acontece em Uberaba (MG). Esse foi o primeiro compromisso oficial da presidente após o PT reafirmar sua candidatura à reeleição. Ao ter seu nome anunciado durante uma homenagem, a petista ouviu a vaia de parte do público, no reduto do senador Aécio Neves, pré-candidato pelo PSDB à Presidência da República.

No evento, Dilma prometeu que o plano agrícola-pe­cuário 2014-2015 terá mais recursos e facilidades na obtenção de crédito. Na versão anterior, a verba para financiamento foi de R$ 136 bilhões.

O pré-candidato do PSB à Pre­­sidência da República, Eduardo Campos, fez questão de enfatizar diferenças em relação ao adversário do PSDB, o senador Aécio Neves, e disse ontem que os pontos de divergência ficarão mais claros quando os programas de governo forem concluídos. "Temos projetos distintos, que têm base política e base social distintas. Os programas serão oferecidos à sociedade. Isso não nos impede que tenhamos capacidade de ver o que nos une, mas estamos oferecendo ao Brasil caminhos que não são a mesma coisa", disse Campos, depois de participar de seminário da Juventude do Partido Pátria Livre (PPL).

Na última sexta-feira, Aécio disse, durante encontro com empresários na Bahia, que ele e Campos estarão "no mesmo projeto de país" em 2015. Na mesma hora, a candidata a vice de Eduardo Campos, Marina Silva, reagiu ao tucano e afirmou que via "divergências profundas" entre os dois candidatos.

Campos, até agora em clima de sintonia com Aécio, citou a garantia de direitos dos trabalhadores e a idade penal como temas em que os dois têm divergências. "Eu assumi o compromisso de não fazer mudanças que tirem o direito dos trabalhadores. Hoje você vê que o ministro da Fazenda fala nisso e em algum momento o candidato Aécio falou nessa questão. A maioridade penal é cláusula pétrea da Constituição Federal. O Supremo Tribunal Federal já falou sobre isso. Quem disser que vai mudar está desconhecendo decisão da suprema corte do país. Vamos colocar nossas posições. Quanto ao Banco Central, assumi compromisso claro, é fundamental que cumpra o dever de defender a moeda brasileira, o cumprimento das metas com toda clareza", disse Campos.

Aécio é defensor de al­­gu­­mas mudanças na Con­­so­­lidação das Leis do Trabalho, enquanto Campos tem combatido qualquer restrição aos direitos de trabalhadores. O tucano defende o projeto de redução da maioridade penal de 18 para 16 anos nos casos de crimes hediondos, outra proposta rejeitada pelo socialista. No caso do Banco Central, Aécio e Campos defendem a autonomia, mas o tucano é mais claro em formalizar a independência do banco por meio de lei.

O pré-candidato do PSB mos­­trou também diferenças políticas e lembrou que não divide o mesmo palanque com Aécio há 30 anos. A última vez foi em 1985, quando Tancredo Neves, avô de Aécio, foi eleito presidente da República pelo Colégio Eleitoral, depois do fracasso da "Diretas Já", em 1984.

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