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Jogo político

Cenário eleitoral deste ano tem objetivos voltados para 2014

De olho no governo estadual, tucanos e petistas aproveitam as disputas municipais para conquistar aliados e eleitorado

Primeiro Ibope sai ainda nesta semana. | Hedeson Alves/arquivo/ Gazeta do Povo
Primeiro Ibope sai ainda nesta semana. (Foto: Hedeson Alves/arquivo/ Gazeta do Povo)

Agora é oficial. Desde o último sábado, estão definidos os candidatos que vão concorrer aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador em todo o país. No Paraná, afora as disputas locais que marcam cada cidade individualmente, no plano geral o cenário eleitoral deste ano tem um ingrediente principal: as eleições para o governo em 2014.

O pensamento mais adiante ficou evidente nas chapas construídas sob a orientação do governador Beto Richa (PSDB), que tenta desde já pavimentar o caminho para sua reeleição daqui a dois anos. Presidente do PSDB no estado, Richa abriu mão de lançar candidato próprio do partido nas principais cidades paranaenses, como Londrina, Maringá e Ponta Grossa. Em troca, preferiu abrir espaço para legendas aliadas e fortalecer o grupo político que lhe dá sustentação. O caso mais explícito é o de Curitiba, onde os tucanos não indicaram nem o vice na chapa encabeçada pelo prefeito Luciano Ducci (PSB), numa composição que tem 15 partidos.

Do outro lado, está o grupo do governo federal, capitaneado pelo PT e pelo casal de ministros Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann. O objetivo deles é claro: governar o Paraná pela primeira vez na história do partido. Para que isso se concretize em 2014, todas as fichas estão depositadas agora na candidatura do ex-deputado federal Gustavo Fruet (PDT), que deixou o PSDB no ano passado depois de quase se eleger senador em 2010, com uma votação esmagadora em Curitiba.

E a eleição de 2014 tem relação direta com o grupo que estará no poder na capital. Afinal, Curitiba tem 1,1 milhão de eleitores – 15% dos 7,7 milhões de todo o estado.

Em Curitiba, máquina do estado e do governo federal estarão na campanha

Maior colégio eleitoral do estado, Curitiba terá a eleição mais disputada dos últimos tempos. Pelo grupo do governo do estado, tenta a reeleição o atual prefeito Luciano Ducci (PSB), que terá a seu favor as máquinas do estado e da prefeitura. No entanto, seu principal oponente, o ex-deputado federal Gustavo Fruet (PDT), contará com todo o apoio do PT nacional para tentar tirar do poder o grupo que comanda a capital há 24 anos.

Correndo por fora, está o deputado federal Ratinho Jr. (PSC), que tem cacife financeiro e bastante popularidade, sobretudo nas classes mais baixas. Sua candidatura, que sofreu inúmeras investidas para não se concretizar, vai deixar a disputa em aberto e, obrigatoriamente, a levará para o segundo turno.

Já no PMDB, maior partido do Paraná, o ex-deputado estadual Rafael Greca conseguiu emplacar sua candidatura depois de sofrer grande resistência dentro da própria legenda. Tendo como principal cabo eleitoral o senador Roberto Requião, Greca, que já foi prefeito, deve centrar foco nos temas infraestrutura e urbanismo.

Além dos quatro, são candidatos por partidos menores Bruno Meirinho (PSol), Alzimara Bacellar (PPL) e Avanilson Araújo (PSTU).

DivididoPSD decide dar tempo de TV a Ducci, mas libera insatisfeitos

Sandro Moser

Após uma longa discussão, que tomou praticamente todo o sábado – último dia das convenções partidárias – , o PSD decidiu manter o apoio institucional à pré-candidatura do prefeito Luciano Ducci (PSB) à prefeitura de Curitiba. Assim a coligação do prefeito acumula o capital eleitoral que mais cobiçava: o tempo de televisão do novo partido. Após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada, o PSD ganhou o direito a cerca de dois minutos no horário de propaganda eleitoral.

O partido, porém, liberou os insatisfeitos a apoiar quem desejar. Há uma ala do partido que não gostou da indicação de Rubens Bueno (PPS) para vice de Ducci e que passou a defender a candidatura própria – na figura do deputado estadual Ney Leprevost – depois da decisão do STF. De acordo com filiados do partido, a tendência é que os descontentes se dividam entre os candidatos Ratinho Junior (PSC) e Gustavo Fruet (PDT).

O presidente estadual do partido, o deputado federal Eduardo Sciarra (PSD), disse ontem que a decisão foi democrática e acredita que é grande a possibilidade de um entendimento quando a "poeira das convenções baixar". "As lideranças do partido vão trabalhar pela unidade e fortalecimento da legenda", afirmou por meio de nota à imprensa.

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