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A ideia da proposta é que a presidente afastada Dilma Rousseff assuma um governo de transição. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
A ideia da proposta é que a presidente afastada Dilma Rousseff assuma um governo de transição.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

A proposta de um plebiscito para novas eleições pode ser decisiva para o futuro da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).

A avaliação é dos senadores Roberto Requião (PMDB/PR) e Vanessa Graziotin (PCdoB/AM), que debateram os rumos da política durante o “Circo da Democracia”, na noite deste domingo (7), em Curitiba. A jogada reverteria votos de senadores que são contra Dilma, mas não estariam felizes com o governo Temer.

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Os dois integram o pelotão anti-impeachment do Senado. O grupo tem uma lista de 12 parlamentares que podem reverter seu voto com a proposta de plebiscito, segundo Graziotin. Ela não divulgou nenhum nome e o grupo trabalha com margem de erro. Para se salvar do afastamento, a presidente precisa chegar ao número mágico de 27 votos.

A ideia é que Dilma assuma um governo de transição e monte um ministério com vistas ao plebiscito. Nesta votação, os eleitores decidiriam sobre a continuidade ou não do seu mandato até 2018. Com a possibilidade de novas eleições, caso o “não” ganhasse. Na avaliação dos parlamentares, é uma proposta que pode unificar setores da esquerda e direita, tanto contrários como favoráveis às políticas de Dilma.

A ideia é criar um clima de unidade nacional em torno da ideia de “novas eleições”. Mas isso só seria possível com a derrota do impeachment no Senado. “A única possibilidade de ganharmos mais votos no Senado é mostrar para eles que há outa saída. Depois, nas eleições [pós-plebiscito] não importa quem vai ganhar. O importante é que não seja o golpe”, defendeu a senadora, sob aplausos dos presentes.

Requião brincou com jargões que polarizaram o debate político nos últimos meses: “Nós não estamos discutindo o ‘volta, querida’ nem o ‘fora, Temer’, mas que neste plebiscito o povo brasileiro assuma [os rumos do país]”.

Vinda de Dilma

O Circo da Democracia, no Centro de Curitiba, começou na última sexta-feira (5) e vai até o dia 15 de agosto. O momento mais esperado é a participação da própria Dilma Rousseff, nesta segunda-feira (8). A presidente vem com a missão de “defender a democracia, contra a retirada da direitos”, explica o advogado Eduardo Faria, um dos organizadores do evento.

Mas há a expectativa de que ela anuncie os próximos passos na luta contra o impeachment, que será votado no Senado. Segundo o senador Roberto Requião, a presidente deve anunciar já nesta segunda-feira seu novo plano econômico. E há uma chance de divulgar seu compromisso com um plebiscito por novas eleições.

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