O colunista de política Celso Nascimento, da Gazeta do Povo, recebeu pareceres favoráveis neste mês em duas ações a que responde na Justiça. As duas acusam Nascimento de calúnia e difamação por colunas em que abordou supostas irregularidades ligadas ao gasto de dinheiro público.
Em uma delas, a 2.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná negou recurso de Georges Pantazis, dono da empresa Interfabric Indústria e Comércio, no caso da licitação para a compra de uma draga para o Porto de Paranaguá. Em colunas publicadas em 2009, Nascimento usou o termo "coincidências" para se referir ao fato de que as especificações técnicas da draga vendida pela empresa que venceu a licitação, de Pantazis, eram exatamente iguais às do edital de licitação.
Nesse caso, a decisão em segundo grau confirma a de primeiro grau. O acórdão é assinado pelo desembargador Roberto de Vicente, que entendeu que "somente houve o regular exercício jornalístico". Vicente escreve ainda que não foram apresentadas provas para confrontar as informações das colunas de Nascimento.
A segunda ação é de autoria de Maurício Requião, ex-secretário estadual de Educação e irmão do senador Roberto Requião. Em colunas de 2008, Nascimento apontou suspeitas de irregularidades na compra de 22 mil televisores-laranja pelo governo estadual, que estariam superfaturados.
A juíza Ângela Regina Ramina de Lucca, em 11 de dezembro, entendeu que a queixa de Maurício Requião, de que foi ofendido pelas colunas, seria improcedente. A decisão é em primeiro grau e ainda cabe recurso.
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