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Olho vivo

Ônus do ônibus 1

A Urbs está fazendo amplo inventário das dívidas contraídas por cada uma das empresas que operam o sistema de transporte coletivo de Curitiba e que, eventualmente, ainda não tenham sido amortizadas. Significa mais ou menos o seguinte: a Urbs quer saber o valor dos compromissos financeiros assumidos pelas empresas quando foram obrigadas pela prefeitura a, por exemplo, aumentar a frota. E o valor desses investimentos que ainda não foram ressarcidos pelo faturamento das empresas.

Ônus do ônibus 2

Essa informação consta do Ato 045/2009, assinado pelo presidente a Urbs, Marcos Isfer, publicado no Diário Oficial do Município. Por que isso? Porque é nesse valor que as empresas serão indenizadas caso não vençam a licitação que a prefeitura promete realizar um dia para o transporte coletivo da cidade. Embora, conforme a lei, possa ser paga em quatro parcelas anuais sucessivas, a obrigação para a prefeitura será alta. O que pode significar que o melhor é que as atuais empresas ganhem a futura provável licitação e fique tudo como está?

Curiosidade

Pesquisa do Vox Populi que deu 46% para Serra e 18% para Dilma no Paraná traz também o cenário da disputa entre os candidatos ao governo do estado. Essa parte, até ontem à noite, era mantida em sigilo por quem teve conhecimento dela. Não deve ter sido favorável para pelo menos duas das partes interessadas.

Além de Roberto Re­­quião, há outros dois animados candidatos ao Senado: Ricardo Barros, do PP, e Abelardo Lupion, do DEM. São tratados como "azarões" na corrida por uma das duas cadeiras em disputa. Mas, afinal, que chances realmente têm? Ou que influência terão no resultado final do pleito?

Consideremos, hipoteticamente, que uma das duas vagas já tem dono – Roberto Re­­quião. Então, sobra a outra, pela qual se engalfinharão, além deles, a presidente estadual do PT, Gleisi Hoffmann, e o deputado federal tucano Gustavo Fruet.

Em princípio, portanto, já está formado o quadro de candidatos à segunda vaga – são quatro, com os dois últimos diretamente alinhados aos mais prováveis, até agora, postulantes ao governo estadual: Gleisi, companheira de chapa de Osmar Dias (se Lula tiver sucesso em trazer o senador para o redil de Dilma Rousseff) e Fruet, na chapa de Beto Richa se o PSDB acabar optando pelo nome do prefeito.

Logo, considerando a densidade de cada uma das chapas, tudo indica que a disputa pela vaga tende a se dar entre Gleisi e Fruet. Então, o que estarão fazendo nesse cenário Ricardo Barros e Abelardo Lupion? Ambos trabalham para estar presentes na formação da chapa liderada por Osmar Dias, embora pensem de maneira diferente quanto à forma como isso se dará.

Presidente regional do PP – partido que integra a base do governo no Congresso – e vice-líder de Lula na Câmara Federal, é natural que Ricardo Barros se integre ao esforço do PT para ter Osmar Dias como cabeça de chapa o Paraná.

Já o deputado Abelardo Lupion, presidente do DEM, partido de forte oposição no plano federal, um dos líderes da poderosa bancada ruralista, acredita numa sinergia entre ele e Osmar: ambos têm fortes ligações com o agronegócio – importante e rico segmento do eleitorado paranaense. Por isso, Lupion acredita que uma aliança com o PT será fatal para o projeto eleitoral de Osmar Dias. Seu público tradicional não admitiria vê-lo na companhia do MST, por exemplo.

Osmar

Por isso o deputado aposta que, no frigir dos ovos, Beto Richa ficará na prefeitura de Curitiba e Osmar será mesmo candidato da frente partidária que batalhou por sua eleição em 2006 e que reelegeu Richa prefeito em 2008. Nesse caso, Lupion ficaria muito confortável do ponto de vista político e ideológico, beneficiando-se de sua ligação com o senador, obtendo votações expressivas nos pequenos municípios de perfil rural, como tem acontecido em todos os pleitos que disputou como candidato a deputado.

Ricardo Barros, por sua vez, conta entre seus trunfos com a considerável força política que o PP acumulou no estado. Na última eleição municipal, a legenda foi a terceira colocada na soma dos votos e ganhou em alguns colégios fortes, dentre os quais Maringá, seu principal reduto. Elegeu também (mas não levou) o prefeito de Londrina, Antonio Belinati. Além disso tudo, espera contar com a máquina federal, empenhada em ajudar todos os que puderem cavoucar votos para Dilma e Osmar, como acredita que seja o seu caso.

Estão na luta e em franca campanha, percorrendo todo o estado e organizando suas bases. Se não se elegerem, pelo menos poderão dar bastante trabalho aos mais fortes – incluindo Requião.

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