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Já tem muita gente de olho na prefeitura de Curitiba – joia da coroa da política paranaense pelo poder que tem de dar visibilidade a quem a ocupa. Que o digam Ney Braga, Roberto Requião, Jaime Lerner e Beto Richa – governadores que se viabilizaram política e eleitoralmente por suas passagens pela prefeitura da capital.

Já há praticamente dois candidatos certos para a posição, embora da mesma facção política, embora de partidos diferentes. Um deles é o atual prefeito, Luciano Ducci, do PSB, que, como vice de Richa nos dois mandatos, assumiu a tarefa de completar os três anos restantes do segundo. Seria o preferido do governador eleito graças aos compromissos mútuos vinculados à aliança partidária que os ligam há pelo menos uma década.

Tem mais força eleitoral, porém, o "quase senador" Gustavo Fruet, do PSDB, mesmo partido do governador. Concor­­rendo com forças políticas locais respeitáveis, Fruet fez o primeiro lugar em Curitiba como candidato a senador. Com 650 mil votos, 34% do total, suplantou Gleisi Hoffmann (22%) e Requião (16%) – mas pode esbarrar em 2012 nas mesmas dificuldades que enfrentou em 2004.

Nesse ano, ainda filiado ao PMDB, Gustavo foi "rifado" pelo partido e por Requião, que preferiram apoiar o petista Angelo Vanhoni na disputa pela prefeitura. Traído, deixou o PMDB e se filiou ao PSDB. Agora, corre o risco de passar por dificuldade idêntica se Beto Richa mantiver o prestigiamento que já dedica a Luciano Ducci. Não é improvável que Gustavo seja forçado, de novo, a buscar outra legenda para abrigar sua candidatura.

No PT, a aposta passa pelo nome do deputado federal Angelo Vanhoni – que já teve a experiência de disputar com bom desempenho a prefeitura em 2000, enfrentando Cassio Taniguchi. Na eleição do último 3 fez 50 mil votos, foi o petista mais votado e o quarto colocado no geral.

Há também na espreita para lançar-se à prefeitura o deputado federal Ratinho Jr. – o mais votado do Paraná (360 mil votos) e o primeiro de Curitiba (quase 100 mil votos, 10% do eleitorado da capital).

Por fim, um nome que vem sendo lembrado em algumas esferas: Orlando Pessuti. Sem o mandato de governador a partir de 1.º de janeiro, é o único nome peemedebista disponível no mercado com chances de concorrer ao cargo. Ele nega: prefere aproveitar os próximos quatro anos fazendo preparativos para disputar o governo em 2014.

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Olho vivo

Revoada 1

A definição de um segundo turno para a eleição presidencial precipitou uma revoada de políticos paranaenses para Brasília e São Paulo. A chamado de Lula, Dilma e Serra, vitoriosos e derrotados estão sendo convocados para colaborar na campanha de seus respectivos correligionários. O primeiro a viajar para São Paulo, a pedido de Serra, foi o senador Alvaro Dias, ainda na noite do dia 3. Terá ampliado o seu papel na coordenação nacional da campanha.

Revoada 2

Beto Richa também foi chamado pelo presidenciável tucano, que espera do governador eleito maior esforço junto ao eleitorado paranaense. O Paraná foi um dos oito estados em que Serra venceu Dilma, com margem considerável e, de novo, o estado pode fazer diferença na meta de ganhar nacionalmente a eleição.

Revoada 3

Osmar Dias também viajou ontem para Brasília, para encontro com o presidente Lula e com a candidata Dilma Rousseff. Foi a primeira vez desde a derrocada do último domingo que Osmar deixou a chácara que mantém em Quatro Barras. Preferiu ficar com a família e comemorou, na noite de segunda-feira, o aniversário da esposa, Maria Tereza.

Revoada 4

Eleição também importante vai acontecer em novembro próximo no Tribunal de Justiça do Paraná. Todos os cargos da cúpula diretiva serão renovados. Para a vaga que será deixada pelo atual presidente, Celso Rotoli de Macedo, que cumpre curto mandato-tampão, já se inscreveram como candidatos os desembargadores Sérgio Arenhart e Rogério Coelho. Para a primeira vice-presidência quem pede votos é o desembargador Onésimo Mendonça da Anunciação e, para corregedor-adjunto, Paulo Habith.

Revoada 5

O deputados estaduais que apoiaram a eleição de Beto Richa conseguiram barrar ontem, na Assembleia, a votação de um projeto encaminhado pelo governador Orlando Pessuti criando a Política Estadual de Fomento à Economia Solidária. Argumentam que o projeto envolve despesas, por isso o mais sensato é esperar pela posse do novo mandante.

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