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Embora o custo por passageiro nas linhas da Rede Integrada de Transportes (RIT) tenha sido recalculado pela Urbs e chegado a R$ 3,05, a intenção do prefeito Gustavo Fruet é de fixar a tarifa em R$ 2,80 – um prejuízo calculado, portanto, em 25 centavos por passageiro. A diferença, claro, terá de ser coberta via subsídio – questão a ser decidida politicamente com o governador Beto Richa.

A conta de R$ 3,05 é resultado de uma média ponderada entre o custo das linhas urbanas (só Curitiba) e o das linhas que atendem 13 municípios circunvizinhos. O primeiro é de R$ 2,78 por passageiro; logo, o sistema seria autossustentável. Mas nas linhas metropolitanas, o custo é de R$ 4,10. Portanto, o subsídio, em tese, serviria para beneficiar apenas os usuários residentes fora de Curitiba.

O que ninguém quer discutir, no entanto, é o fato de a tarifa ser tão mais alta nos municípios metropolitanos porque é Curitiba, por meio da Urbs, que "exporta" para seus vizinhos um modelo de transporte muito mais caro e os obriga a adotá-lo. "A Urbs impõe uma grife que encarece demasiadamente os custos", argumenta um técnico. Exemplifica: a tecnologia e os modelos de ônibus exigidos pela Urbs praticamente duplicam o custo do transporte metropolitano e elevam a média para cima dos R$ 3,00. "A grife curitibana nem sempre melhora a eficiência; apenas encarece o sistema", afirma.

Na opinião do técnico, se todo o sistema da RIT não for repensado e se a Urbs não oxigenar seus quadros, o problema vai se eternizar e se agravar cada vez mais. O transporte vai custar cada vez mais caro e exigir subsídios cada vez maiores.

Um detalhe: o custo de R$ 3,05 foi calculado pela Urbs considerando que o aumento dos trabalhadores ficará em 6,63%, proposto pelos empresários. O mais provável é que motoristas e cobradores – agora liderados por direções consideradas radicais e que pretendem reajuste de 30% – acabem deflagrando mesmo uma greve geral. O que pode acontecer nesta semana se um acordo não for alcançado.

Olho vivo

Enfim o Sipar? 1

Pode estar próximo do fim o impasse que impede a implantação do Sipar – a indústria de processamento do lixo de Curitiba e região metropolitana. Basta que o prefeito Gustavo Fruet e o Tribunal de Contas concordem com a proposta formulada a ambos pelo consórcio Recipar, primeiro colocado na concorrência internacional decidida em 2010. O resultado da licitação foi impugnado pelo Tribunal de Contas, que alegou que o projeto do Recipar não atendia o edital.

Enfim o Sipar? 2

O consórcio metropolitano impetrou mandado de segurança contra a decisão do TC, mas, na última segunda-feira, o TJ suspendeu o julgamento quando o Recipar comunicou ter proposto ao TC e ao prefeito de Curitiba (que preside o consórcio metropolitano) adequar seu projeto às exigências técnicas. Caso sua proposta seja acolhida, o mandado de segurança perderia objeto, argumentou o advogado do Recipar, Romeu Bacelar.

Enfim o Sipar? 3

No caso de concordância, a implantação do Sipar poderá se iniciar imediatamente, sepultando a última das barreiras judiciais que se sucederam desde o lançamento do edital, em 2007. Não é improvável, porém, que a Tibagi Engenharia (classificada em 2º lugar na concorrência) conteste o pretendido acordo. Com a impugnação do Recipar, a Tibagi se considera na vez para assumir o empreendimento.

Alvaro ri 1

O Palácio Iguaçu e mensageiros do 3º andar insistiram nesta semana em afirmar que o senador Alvaro Dias pode ficar tranquilo: ele terá garantida a legenda do PSDB estadual para se candidatar à reeleição. Alvaro ri: não acredita ser necessário pedir a bênção dos tucanos locais, já que uma decisão deste porte será naturalmente tomada em nível nacional.

Alvaro ri 2

Além disso, afirma Alvaro, candidatar-se ou não é um assunto que não lhe passa pela cabeça agora e nem está disposto a conversar com ninguém do estado a respeito. Prefere esperar a convenção nacional do PSDB, marcada para maio, para definir seu destino. A candidatura ao Senado é apenas uma das opções dentre as várias que tem para escolher, embora não as revele.

Pescaria

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) tem até esta segunda-feira para se manifestar em relação à ação civil pública movida em nome de pescadores artesanais que atuam no litoral. Eles reclamam que, desde o início dos trabalhos de dragagem, a pesca escasseou, passam por dificuldades a e requerem compensações. O prazo foi determinado pelo juiz federal Vicente Ataíde Jr.

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