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Olho Vivo

Depressão 1

A propósito das resoluções de ano-novo sugeridas aí ao lado para o governador, convém reproduzir notícia divulgada ontem pela BBC sobre uma pesquisa do instituto britânico Mind. Diz a notícia: "O tradicional hábito de fazer uma lista de resoluções para o novo ano pode fazer mais mal do que bem, advertiu uma ONG britânica para saúde mental. Se os planos não se materializarem, podem despertar sentimentos de fracasso e inadequação, de acordo com a ONG".

Depressão 2

Prossegue a notícia da BBC: "O diretor-executivo da organização, Paul Farmer, disse que se concentrar em problemas ou questões que causam insegurança pode trazer uma sensação de desespero, baixa autoestima e até uma leve depressão. Não é de surpreender que, quando deixamos de manter as resoluções, acabamos nos sentindo piores do que quando começamos, diz o diretor".

Depressão 3

Finaliza assim a opinião do instituto Mind: "Em 2009, ao invés de adotar uma resolução de ano-novo, pense de maneira positiva sobre o ano que começa e no que você pode conquistar".

Beto também

E ainda, por falar em resoluções, o prefeito Beto Richa também fez as suas, mas que só são válidas para 2010: a construção do metrô vai começar até lá; e que vai continuar não pensando em se candidatar ao governo do estado na eleição daquele ano.

De hoje até 3 de abril de 2010 – prazo final para a desincompatibilização de governantes que pretendam concorrer à eleição do ano que vem – restam ao governador Roberto Requião exatos 467 dias de mandato se, de fato, se candidatar a um novo cargo eletivo.

Dentre as muitas promessas que fez, quais ainda poderão ser cumpridas nesse prazo de 467 dias e que não foram realizadas nos seus 2.192 dias de mandato contados desde 1º de janeiro de 2003 até hoje? Está aí uma boa ideia para o governador compor uma agenda de resoluções de ano-novo.

Sugerimos como principais resoluções as seguintes:

1. Acabar ou baixar o pedágio, mote que o fez ganhar as eleições de 2002 e que chegou a repetir na campanha de 2006.

2. Se isso não der certo (ou mesmo que dê!), concluir as prometidas "estradas da liberdade", pelas quais automóveis e caminhões poderão trafegar por todo o Paraná, com qualidade e segurança, sem pagar pedágio.

3. Terminar e entregar em pleno funcionamento os 24 hospitais que anunciou na campanha de 2006 como "em construção, reforma ou ampliação", dos quais até hoje alguns são apenas projeto, outros ainda estão em processo de licitação e poucos prestando precário atendimento.

4. Realizar a dragagem dos portos de Paranaguá e Antonina antes que esses terminais se tornem inviáveis. Desde 2005, quando foi rompido o contrato com a empresa que trabalhava para manter o calado em 14 metros, quatro metros de lodo se acumularam no fundo da baía e do canal de acesso – quase um metro por ano.

5. Construir o Cais Leste do Porto de Paranaguá, obra que o governo federal pretendia pagar mas que o governador considerou, em 2003, que poderia fazer mais barato com recursos do próprio estado.

6. Dar todo o asfalto necessário para que a prefeitura de Ponta Grossa pavimente 250 quilômetros de ruas da cidade, conforme prometeu para ajudar na reeleição do prefeito Pedro Wosgrau.

7. Livrar-se definitiva e completamente do sócio privado Dominó na Sanepar, mesmo que para isso – outra promessa bem recente – seja preciso constituir uma nova empresa de saneamento exclusivamente com capital estatal.

8. Ajudar o senador Osmar Dias a acabar com a multa que o estado paga à União e com a dívida relativa aos títulos podres que tem com o Banco Itaú. E, se conseguir, agradecer publicamente ao senador por seus esforços.

9. Fornecer óleo diesel mais barato e sem imposto à frota do transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana para baixar a tarifa, de acordo com promessa pública e com convênio que chegou a assinar em junho de 2006.

10. Fazer funcionar o terminal público de álcool, no qual foram investidos R$ 15 milhões, hoje embargado pela Justiça Federal por deficiências técnicas, falta de segurança e desobediência a leis ambientais.

11. E a última resolução prioritária: encerrar esses 467 dias finais de governo sem deixar aos que lhe sucederem a responsabilidade de pagar milhões – muitos milhões! – em multas e indenizações por quebras contratuais que promoveu.

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