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Celso Nascimento

Quadro Negro se alimenta de fatos novos e avança

No xilindró há 280 dias, o dono da Construtura Valor foi convocado para novas sessões de interrogatório a partir do dia 3 de outubro. Ele e todos outros 14 envolvidos no esquema de desvio de R$ 30 milhões que deveriam ter servido para construção e reforma de escolas pelo governo do Paraná.

A determinação para que Eduardo de Souza Lopes preste novos depoimentos foi feita pela juíza Danielle Comar, da 9.ª Vara Criminal, que conduz o processo judicial da Operação Quadro Negro, deflagrada no ano passado pelo Gaeco após denúncias do então chefe da Superintendência de Desenvolvimento Educacional (Sude), Jaime Sunyé Neto. Juntamente com a Operação Publicano, que investiga desvio bilionário na Receita Estadual, a Quadro Negro também envolve personagens conhecidas por sua proximidade com o governador Beto Richa.

Os depoimentos estavam anteriormente marcados para a semana passada, mas foram adiados enquanto se esperava resposta da Justiça Federal quanto à competência para julgar o caso. A defesa de outro dos principais envolvidos – Maurício Fanini, ex-diretor de Engenharia da Sude, que liberava recursos indevidos à Valor – argumentava que o processo deveria tramitar na instância federal, já que parte do desvio tinha origem em recursos da União.

A Justiça Federal, no entanto, declinou de sua competência porque o estado já devolveu à União a parte que lhe cabia. Logo, segundo este entendimento, o trâmite deve ficar restrito à Justiça estadual. Diante disto, a a juíza decidiu continuar o processo e remarcou os interrogatórios para outubro.

Neste meio tempo, isto é, enquanto se discutia a que instância caberia julgar a Quadro Negro, uma enormidade de provas foi acrescida aos autos – e de tal monta que a juíza Danielle Comar também decidiu manter a prisão preventiva do dono da Valor por entender que, solto, Lopes pode retomar ações que venham a perturbar o bom andamento das investigações ainda em curso.

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