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Os investigadores da Lava Jato acreditam ser apenas questão de tempo para que a senadora Gleisi Hoffman seja denunciada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com um integrante da força-tarefa, as buscas e apreensões realizadas no escritório do advogado paranaense Guilherme Gonçalves, também investigado, teriam fornecido elementos suficientes para uma denúncia por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR). Gleisi e Gonçalves negam ter cometido irregularidades.

Investigações em São Paulo

O caso de Gleisi envolve a empresa Consist e o Ministério do Planejamento. Foi desmembrado da Lava Jato por uma decisão do STF e atualmente é investigado em São Paulo. O inquérito estava parado no Ministério Público Federal paulista e só na semana passada os documentos foram repassados à Polícia Federal de São Paulo.

Conexão Santo André I

A Lava Jato pode ajudar a elucidar o assassinato do ex-prefeito petista Celso Daniel, de Santo André, em 2002. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) vai convocar já em janeiro o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, para dar detalhes do pagamento de R$ 6 milhões que ele admitiu ter feito para calar um suposto chantagista que ameaçava envolver políticos petistas no caso – confissão feita a policiais federais da Lava Jato na segunda-feira (14).

Conexão Santo André II

O MP-SP também vai convocar o operador do mensalão Marcos Valério, que em 2012 contou história semelhante à de Bumlai. O Ministério Público defende a tese de que os verdadeiros mandantes do assassinato de Celso Daniel ainda não foram identificados. “Desde o início, temos plena convicção de que a ordem de matar veio de cima”, diz o promotor do caso, Roberto Wider Filho.

Troca de relatoria no STJ I

O ministro paranaense Felix Fischer é o novo relator dos casos da Lava Jato na 5.ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), substituindo o ministro Ribeiro Dantas. A mudança ocorreu após pedido do próprio Dantas. Ele vinha sendo voto vencido em quase todos os 18 casos relatados, pois defendia a soltura de alguns presos da Lava Jato. Dantas declarou que “não desistiu” dos processos e que “nem poderia” fazer isso. “Esse é um procedimento normal, regular e regimental”, disse.

Troca de relatoria no STJ II

Tudo indica que a pressão fez Dantas deixar a relatoria. Nesta semana, antes da mudança, ele recebeu apoio de juízes, desembargadores e de outras entidades da área jurídica “pelo fato de estar sofrendo represália” por causa da atuação no julgamento dos habeas corpus da Lava Jato. Além de defender a soltura de presos, Dantas foi citado na gravação que levou à prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS).

Colaborou: Fernando Martins
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