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O PT do Paraná nunca foi bom nessa história de ter um candidato a governador. Para o ano que vem, o importante é montar uma grande aliança e não o nome que encabeçará a chapa.

Em reunião na noite de ontem, PT e PMDB conversaram sobre seus desejos para 2010. O PMDB quer emplacar Orlando Pessuti candidato ao governo.

Será uma de diversas reuniões que os partidos farão no Paraná até a definição final, em junho do próximo ano.

Tanto Pessuti quanto Osmar Dias (PDT) estão em campanha desde o fim das eleições de 2006. Tanto Osmar quanto Requião – e sua tropa – ainda não engoliram a diferença de 1% na votação para o governo no segundo turno.

Ao PT nacional o que está em jogo é o terceiro mandato na Presidência da República e para isso não tem pressa para conseguir o cenário ideal,que é agregar todos os aliados ao governo federal formando um palco consistente para Dilma Rousseff. Para isso está disposto a abrir mão de boas candidaturas ao governo do estado em favor de alianças, como no caso de Minas Gerais, onde Fernando Pimentel (PT), ex-prefeito de Belo Horizonte, pode ceder a vez para Hélio Costa (PMDB).

Não é o caso do PT do Paraná. Partido que sempre contou com bons quadros desde que era nanico, mas que mesmo agora como uma legenda de expressão – tendo estado a frente prefeituras de Londrina, Maringá e

Ponta Grossa – não consegue formar um nome com densidade eleitoral necessária para disputar o governo para valer. E toda vez que chega perto da hora de decidir lançar um candidato próprio ao governo do estado, é aquele dilema: quem tem potencial para ganhar uma eleição ao parlamento não se dispõe a se lançar na disputa majoritária e assim algum companheiro acaba indo para o "sacrifício".

Com exceção de 1998, quando se juntou a campanha de Roberto Requião ao governo – e perdeu –, o PT sempre lançou candidaturas próprias.

Candidatos que levaram a tarefa a sério, mas que se lançaram em uma luta inglória. Foi o caso do filósofo Emanuel Appel, em 1986, que rodava o estado de ônibus, ou Jorge Samek, em 1994, que terminou a campanha com 4% dos votos. A última eleição deixou o senador Flávio Arns muito magoado com a pouca atenção dada pelo partido a sua candidatura, que terminou com 9,3% de votos.

Padre Roque, em 2002, também seguiu a sina das candidaturas solitárias.

Uma brincadeira circulou dentro do partido naquela época. Dizia que na primeira viagem pelo interior do estado para a campanha, Roque foi acompanhado de motorista e três assessores. Na segunda, foi com o motorista. E na terceira. Bem, parece que o motorista estava ocupado e não pode ir junto. Mesmo assim conseguiu a melhor votação do PT ao governo do Paraná: 16,3%.

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