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O senador Tião Viana (PT-AC), que vai assumir a presidência do Senado após o pedido de afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que vai começar uma nova era no Senado. Na quinta-feira (11), Renan se licenciou do cargo por 45 dias.

"Isso é uma outra etapa da vida do Senado Federal e que tem que ser tratada com imparcialidade, com firmeza, com ética e com responsabilidade política", disse o presidente do Senado em exercício, Tião Viana.

Na segunda-feira (15), Tião Viana reúne a mesa diretora, encontra-se com líderes partidários e tenta traçar uma agenda de trabalho e de votações que inclua a prorrogação da CPMF, principal preocupação do Palácio do Planalto hoje.

O afastamento de Renan Calheiros da presidência do Senado traz alívio ao Congresso e ao governo. Foram 140 dias de paralisia no Senado desde que as denúncias contra Renan começaram a surgir.

A oposição garante que as investigações das denúncias contra o senador Renan Calheiros podem não ser postas de lado e que os processos terão continuidade. Bastante abatido, Renan anunciou a decisão depois de perder o apoio dos aliados governistas.

Senadores que há meses pediam o afastamento dele se disseram aliviados. "É muito bom para as instituições, porque ele não podia continuar. Agora vai se ter uma pausa para se analisar e para se buscar uma forma de entendimento", disse Pedro Simon (PMDB-RS).

Para a oposição, a licença foi pouco. "O que realmente traria calma definitiva à casa seria a renúncia, mas já é um passo a sua licença", comentou o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Opinião parecida tem o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (PSDB-AM). "O caminho ideal seria a renúncia. Por ora, vamos ver. Isso aí já ajuda normalizar uma instituição ferida, como está sendo ferido o Senado federal", afirmou o tucano.

Em um dia de Congresso vazio, em véspera de feriado, apenas um aliado apareceu para defender Renan Calheiros.

"Isso é um momento triste, um momento em que a democracia não... Tudo o que nós estudamos, tudo o que nós aprendemos não... Nesse mundo moderno não está adiantando. A verdade é essa", concluiu o senador Welington Salgado (PMDB-MG).

O Democratas divulgou nota. Para o partido, o clima de desconfiança só vai mudar depois que os processos forem julgados.

"Ele deverá renunciar a presidência e tentar, com isso, dizer ao PMDB e ao PT que ele já foi suficientemente punido. Claro que é uma estratégia, mas nós não concordamos com ela. Nós iremos votar pela perda do mandato", afirmou o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

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