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O vice-presidente da República, Michel Temer, disse na noite da quinta-feira (17) que o governo não está preocupado em convencer os militares contrários à Comissão da Verdade da importância da investigação dos crimes cometidos entre 1946 e 1988. "Acho que nem é preciso convencê-los. Toda a tese da Comissão da Verdade é revelar o que aconteceu (no passado) para que não se repita no futuro", afirmou Temer, em evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.

De acordo com o vice-presidente, os militares que ainda resistem à comissão são minoria. "Acho que, em sua grande maioria, os militares não estão preocupados com o governo e com o que a Comissão da Verdade vai fazer. Claro que pode haver vozes divergentes. Isso é natural na democracia, mas o ato da quarta-feira com a presença dos comandantes (militares) revelou muito essa harmonia", comentou, em entrevista a jornalistas.

Temer elogiou "o gesto de estadista" da presidente Dilma Rousseff ao chamar ex-presidentes para participar da cerimônia de instalação da comissão no Palácio do Planalto. Foram convidados e participaram da solenidade os ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

"Não haverá revanchismo. O que há é uma espécie de reconquista da história.". O vice-presidente disse ainda ser favorável que a comissão investigue todos os atos de violação de direitos humanos, independente de que lado seja. "Sou favorável que se investigue toda a violação de direitos humanos seja de que lado for."

CPI e governadores

Perguntado por jornalistas sobre a não convocação de governadores pela CPI do Cachoeira, Temer desconversou e disse que, desde o começo, o governo se manteve longe do assunto. No entanto, ele não acredita que, ao livrar os governadores do depoimento, a CPI comprometerá sua investigação. "A CPI não vai parar certamente."

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