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A abertura do 5º Congresso do PT, em Brasília, virou hoje um ato de desagravo aos petistas condenados no processo do mensalão. Logo após a chegada da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, os cerca de 700 petistas presentes começaram um coro em homenagem ao ex-ministro José Dirceu, preso desde o último dia 15. "Dirceu, guerreiro, do povo brasileiro", gritou a plateia, num centro de convenções em Brasília.

Em seguida, o coro foi repetido para o ex-deputado José Genoino e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. Lula e Dilma ouviram a manifestação em silêncio. No auditório, um grupo de cerca de dez militantes abriu uma faixa pedindo a anulação do processo que condenou os petistas no Supremo Tribunal Federal.

Ao chegar ao congresso, Dilma, que concorrerá à reeleição em 2014, foi saudada com um coro em tom eleitoral: "Um dois três, é Dilma outra vez". Os petistas também fizeram homenagem ao ex-ministro Luiz Gushiken e ao ex-governador de Sergipe Marcelo Déda, que morreram em 2013.

Lula diz que só falará do mensalão após a última votação

Mesmo com militantes do PT defendendo a anulação do processo do mensalão e pedindo que os condenados na ação sejam "defendidos", o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não comentou nesta quinta-feira, 12, o julgamento do Supremo. "Eu tenho dito publicamente, para a imprensa, que não falarei da ação 470 (mensalão) enquanto não terminar a última votação", disse Lula, em discurso na abertura do quinto Congresso do PT, em Brasília. "É uma decisão minha, prudente, e acho que temos coisa a discutir pela frente", afirmou o ex-presidente.

Em seu discurso, Lula também prestou homenagem ao ex-ministro Luiz Gushiken e ao ex-governador de Sergipe Marcelo Déda, militantes da sigla mortos neste ano. "Não estava no nosso prognóstico perder companheiros muito jovens, de uma doença como essa", disse.

Lula também disse que o PT "tem sido vítima das suas virtudes, e não dos seus defeitos". "Somos criticados pelas coisas boas que fizemos e não pelos erros", disse. Segundo ele, não se pode comparar "o emprego do Zé Dirceu num hotel com a quantidade de cocaína num helicóptero". O ex-presidente argumentou a cobertura dos dois casos foi desproporcional.

Por último, Lula também criticou a cobertura da imprensa em relação à sua sucessora, Dilma Rousseff, que participa do congresso.

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