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Ex-presidente Lula volta a ser o foco da Operação Lava Jato. | Ueslei Marcelino/Reuters
Ex-presidente Lula volta a ser o foco da Operação Lava Jato.| Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Dos R$ 27 milhões recebidos pela empresa de Lula nos últimos quatro anos, quase R$ 10 milhões foram pagos por empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato. É o que aponta, segundo a revista Veja, um relatório elaborado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda.

De acordo com o documento, a Lils (iniciais de Luiz Inácio Lula da Silva), empresa que gerencia as palestras do petista, recebeu R$ 9,85 milhões de empreiteiras investigadas pelo esquema de corrupção e cartel em contratos da Petrobras.

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Com depósitos de R$ 2,8 milhões, a Odebrecht encabeça a lista. Na sexta-feira (14), foi divulgado um diálogo gravado legalmente em 15 de junho entre Alexandrino Alencar, executivo da empreiteira, e Lula. Os dois discutiam as repercussões da defesa que o presidente e herdeiro do grupo, Marcelo Odebrecht, fez de obras no exterior tocadas com verbas do BNDES.

Na relação aparecem as empreiteiras Andrade Gutierrez, com R$ 1,9 milhão; OAS, também com R$ 1,9 milhão; e Camargo Corrêa, com R$ 1,4 milhão; e Queiroz Galvão, com R$ 1,2 milhão. Como pagadoras de valores inferiores a R$ 1 milhão aparecem Quip e UTC.

Apenas em 2015, os analistas do Coaf enviaram cerca de 2.300 relatórios à Polícia Federal, à Receita Federal e ao Ministério Público. Segundo a revista Veja, o relatório sobre a Lils classifica a movimentação financeira como incompatível com o faturamento.

Dos R$ 27 milhões, a Lils investiu R$ 12,9 milhões em aplicações financeiras e depositou R$ 5 milhões em um plano de previdência privada. Foram pagos R$ 3 milhões em impostos, enquanto R$ 4,3 milhões foram transferidos a Lula; ao presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto; e aos filhos do ex-presidente – Lurian, Luís Cláudio e Sandro. O relatório indica R$ 1,8 milhão destinado a “outros”. A reportagem procurou a assessoria do ex-presidente, mas não obteve resposta até esta edição ser concluída.

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