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Dilma: “é preciso mais segurança nas mensagens” | Ueslei Marcelino/Reuters
Dilma: “é preciso mais segurança nas mensagens”| Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

A presidente Dilma Rous­­seff anunciou ontem, em sua conta oficial no Twitter, que os ­­e-mails do governo federal terão um novo sistema de proteção, desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), para evitar casos de espionagem como os que foram recentemente revelados.

"Determinei ao Serpro implantação de sistema seguro de e-mails em todo governo federal. Esta é a primeira medida para ampliar privacidade e inviolabilidade de mensagens oficiais", disse a presidente. "É preciso mais segurança nas mensagens para prevenir possível espionagem", completou.

No mês passado, reportagem do jornal Folha de S. Paulo havia antecipado a decisão, ao mostrar que os Correios e o Serpro começaram a negociar uma parceria comercial para desenvolver o sistema nacional de e-mail seguro, encomendado pelo Ministério das Comunicações.

A intenção do governo é incentivar esse trabalho em conjunto para agilizar o lançamento do serviço e reduzir a mão de obra para viabilizar a medida – criada como resposta às denúncias de espionagem do serviço de inteligência norte-americano ao governo e empresas brasileiras.

Ainda há intenção de incluir nesse processo as empresas privadas que tiverem interesse de patrocinar o aperfeiçoamento da ferramenta em troca de anúncios que aparecerão na tela dos usuários. A ideia é que o novo sistema já esteja em uso no segundo semestre do ano que vem.

Monitoramento

Documentos vazados pelo norte-americano Edward Snowden, ex-funcionário terceirizado da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, revelaram que o Brasil é o país mais monitorado pelos EUA em toda a América Latina. Apenas em janeiro de 2013, foram espionados 2,3 bilhões de telefonemas (fixos e celulares) e mensagens de internet de setores estratégicos do país, como a Petrobras e o Ministério de Minas e Energia, além da própria presidente da República. Os dados coletados no Ministério de Minas e Energia, inclusive, foram monitorados pela NSA em parceria com a Agência Canadense de Segurança em Comunicação.

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