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O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga crimes de pedofilia no Brasil, senador Magno Malta (PR-ES), reuniu-se hoje com as delegadas Bárbara Arraes e Maria Angelita, em Maceió, na sede da direção geral da Polícia Civil de Alagoas. O assunto foi a denúncia de abusos sexuais de menores por três religiosos, na cidade de Arapiraca, situada a 142 quilômetros da capital alagoana. "É um episódio que, mais uma vez, mexe com autoridades. E, desta vez, com autoridades religiosas, o que torna o trabalho ainda mais difícil", avaliou o senador.

A acusação de pedofilia envolve os monsenhores Luiz Marques Barbosa e Raimundo Gomes, além do padre Edílson Buarque. Os três sacerdotes negam as acusações, mas foram afastados das atividades eclesiásticas na região, por determinação do bispo de Penedo, Dom Valério Brêda, no último dia 13 de março. Nesta data Dom Valério, responsável pela Diocese de Arapiraca - onde o monsenhor Luiz Marques foi flagrado, em vídeo, fazendo sexo com um adolescente -, leu uma carta durante a missa do sábado, na igreja Nossa Senhora do Carmo, determinando a suspensão dos párocos.

Magno Malta disse ter ido ao Estado, neste primeiro momento, para "preparar o terreno" para o início das investigações da CPI em Alagoas, previsto para daqui a 15 dias. "Trata-se de um caso emblemático, que chocou o País, por apresentar imagens da ação criminosa, e que fez com que o Vaticano se pronunciasse sobre o tema.

No dia 9, deverá ser decidida a data oficial para que a CPI da Pedofilia vá a Alagoas, para aprofundar as investigações sobre o caso. "Vamos passar cerca de três dias em Arapiraca realizando as oitivas. Os padres envolvidos no caso serão ouvidos, e o nosso pessoal vai dar todo o suporte possível para que o caso seja investigado devidamente. Faremos de tudo, inclusive quebra de sigilo telefônico, caso seja necessário", disse o senador.

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