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O advogado Elias Matar Assad, responsável pela defesa de Josiane Portes de Barros Rutz – ex-mulher do prefeito de Rio Branco do Sul, Adel Rutz – vai pedir a liberdade dela na Justiça nesta quarta-feira (10). A mulher foi presa no último dia 3 e é acusada de ser a mandante do assassinato do ex-marido.

A defesa ainda vai decidir se entrará com um pedido de habeas-corpus na Justiça ou se vai solicitar a revogação da prisão preventiva de Josiane na Comarca de Rio Branco do Sul, na região metropolitana. Segundo Assad, o pedido será baseado em evidências coletadas depois que a mulher foi detida.

O advogado diz que Fábio Faria, preso e apontado com um dos homens que atirou no prefeito, nega ter tido contato com Josiane. No dia em que anunciou a prisão do rapaz, o secretário estadual da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, afirmou que Faria confessou que havia sido contratado pela mulher. "Ele foi pressionado a confessar o crime e assinar vários papéis que colocaram na frente dele. O advogado dele não esteve presente no interrogatório", afirma Assad.

O advogado conta que conversou com o homem nesta semana no Centro de Triagem II, em Piraquara, onde o suspeito está preso. "Ele se retratou e disse que não conhecia a Joseane", relata. "A polícia foi muito precipitada. Ela foi presa baseada na confissão do Fábio e, se essa declaração não é mais válida, não tem porque ela estar presa", acrescenta Assad. O advogado José Hilário Trigo, que defende Faria, vai solicitar que o cliente dele passe por um novo interrogatório.

A Secretaria Estadual da Segurança Pública (Sesp-PR) foi procurada pela reportagem e informou que não vai se pronunciar sobre as alegações da defesa da ex-mulher do prefeito.

Prisões

Na tarde da última quinta-feira (4), a Sesp confirmou a prisão de Josiane e Faria, acusados de envolvimento com a morte de Adel Rutz. Além dos dois, outra dupla ainda estaria foragida. Segundo Delazari, o crime começou a ser planejado há cerca de um mês. A mulher teria negociado diretamente com os assassinos que receberiam R$ 25 mil pela execução. O secretário ainda declarou que a partilha de bens do casal e supostos casos de adultério poderiam ter motivado o assassinato.

A versão oficial aponta que por volta das 20 horas da noite do dia 1º, Adel Rutz foi abordado por dois motociclistas, enquanto chegava em casa, no Centro de Rio Branco do Sul. Ele foi atingido por cinco tiros. Os disparos teriam sido efetuados por Faria e outro homem que estavam na mesma moto.

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