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O deputado distrital Paulo Tadeu (PT) afirmou que seu partido vai pedir nesta sexta-feira (12) o afastamento de todos os oito parlamentares citados no inquérito que apura o suposto esquema de corrupção no governo do Distrito Federal, que ficou conhecido como "mensalão do DEM". O pedido também será feito ao governador em exercício, Paulo Octávio (DEM), afirmou.

Nesta quinta (11), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decretou a prisão preventiva e o afastamento do governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), por tentativa de suborno a uma testemunha do caso (veja o vídeo da negociação do suborno).

A Câmara faz reunião nesta sexta com Paulo Octávio e os deputados para discutir a governabilidade enquanto Arruda estiver preso. "Se ele [Paulo Octávio] vier, nós vamos pedir isso diretamente para ele. Queremos todos os envolvidos fora", disse Tadeu.

O deputado distrital José Antônio Reguffe (PDT) também defendeu o afastamento dos parlamentares citados no inquérito do STJ que investiga o suposto esquema de corrupção. Arruda é apontado como o comandante de um suposto esquema de distribuição de propina a aliados, o que ele nega.

"A Câmara até agora não cortou na carne, não puniu ninguém, não fez nada de prático. Precisamos dar uma resposta", disse Reguffe ao G1.

Prisão e afastamento

Além de determinar a prisão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, nesta quinta-feira (11) o STJ determinou o afastamento dele do cargo.

De acordo com a decisão do presidente do inquérito, ministro Fernando Gonçalves, a permanência de Arruda no governo pode "constranger e atrapalhar" as investigações.

A decisão de prender e afastar o governador foi referendada por 12 votos a 2, pelos 15 ministros da Corte Especial do STJ . Pouco depois da expedição do mandado de prisão, Arruda enviou uma carta à Câmara Legislativa do DF pedindo afastamento do cargo. Mas com a decisão do STJ o afastando do cargo, ele só poderá retornar ao governo com uma determinação do Supremo Tribunal Federal.

A Corte Especial do STJ também decretou a prisão de mais quatro envolvidos em suposta tentativa de suborno ao jornalista Edmilson Edson dos Santos, conhecido como Sombra.

Arruda teria proposto o pagamento de propina na tentativa de fazer com que Sombra mentisse em depoimento à Polícia Federal. Havia um delegado presenciando a sessão. Assim que os ministros decidiram referendar a decisão de prender o governador, ele deu ordem aos agentes da PF para efetivarem a ordem de prisão.

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