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Brasília - O presidente da Câmara Fede­­­ral, Michel Temer (PMDB-SP), disse que encaminhará hoje para a Corregedoria da Casa a denúncia de que empresas com endereços inexistentes são be­­neficiárias da verba indenizatória de R$ 15 mil recebida mensalmente pelos 513 deputados, conforme mostrou a Folha de S. Paulo no domingo.

O presidente disse que se as irregularidades forem confirmadas após investigação da Corregedoria, haverá punições aos parlamentares envolvidos nas fraudes. No entanto, ele re­­conheceu que as penas podem ser mais "brandas" que a cassação do mandato. Temer defendeu penas "alternativas" para os deputados envolvidos em irregularidades, como no caso das notas fiscais. Como o Conse­­lho de Ética da Câmara já absolveu o deputado Edmar Moreira (sem partido-MG) por suposto uso irregular da verba indenizatória, Temer disse acre­­­ditar que penas alternativas possam ser aplicadas pelo conselho para punir os deputados.

"Há um projeto de modificação do regimento do Conselho de Ética que permite até a gradação de penas. Eu tenho patrocinado esta fórmula porque às vezes não é caso de cassação imediata, mas de punição de menor natureza."Temer descartou a extinção da verba indenizatória, mesmo após as de­­­núncias de irregularidades na sua utilização. A verba é um adicional mensal pago aos parlamentares. O di­­­nheiro pode ser usado para re­­embolso de despesas ligadas ao mandato, como alimentação, hospedagem, aviões e escritórios.

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