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Dilma: isso aqui a Deus pertence. | Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Dilma: isso aqui a Deus pertence.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Porto Alegre - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que em uma semana poderá anunciar que superou o câncer linfático que enfrentava desde abril deste ano. "Estou muito boa, porque concluí tratamento de rádio (terapia) e na semana que vem faço os exames e aí eu acho que vou dar um anúncio que eu vou antecipar aqui, que do ponto de vista dos médicos eu estou curada", afirmou, ontem, durante entrevista à Rádio Gaúcha, de Porto Alegre. "Estou com a certeza, a esperança e a torcida", ressaltou.

Apesar da boa saúde, Dilma evitou entrar no debate eleitoral de 2010, quando deve disputar a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidata do PT. Questionada sobre a data em que deixará o cargo para se dedicar à campanha, preferiu dizer que não tratou do assunto com Lula. Explicou que não fala sobre a corrida eleitoral porque considera que seria precipitação tratar agora de uma questão que se coloca para o ano que vem. "Eu já sou o alvo da vez sem falar nisso (campanha eleitoral). Falando isso aí eu vou ser mais alvo ainda", afirmou, para depois justificar que evitar o tema neste momento se tornou até uma questão de "autoproteção".

Dilma também elogiou a possível concorrente Marina Silva, que trocou o PT pelo PV, como "pessoa muito qualificada e muito especial". Embora ressaltando que não queria que a ex-companheira saísse do partido, Dilma disse acredita que a mudança não altera o caminho da sigla. "Acredito que para o PT em princípio não muda nada, não".

Falando do pré-sal, tema central da entrevista, Dilma considerou "lamentável" que a oposição se mobilize para obstruir o marco regulatório proposto pelo governo ao Congresso Nacional por considerá-lo estatizante e nacionalista. "Se o fato de o governo não deixar que fique sob controle de empresas privadas internacionais uma das maiores riquezas desse país, nós somos estatizantes", proclamou. "Se for, e nós queremos transferir para a população brasileira a maior parte da renda, o conceito de nacionalista, também nós somos."

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