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Protestos de “coxinhas” e “petralhas” | Daniel Castellano e Antônio More/Gazeta do Povo
Protestos de “coxinhas” e “petralhas”| Foto: Daniel Castellano e Antônio More/Gazeta do Povo

Nos últimos dias, o embate entre “coxinhas” e “petralhas” alcançou seu ápice após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Em momentos assim, os ânimos alvoroçados propiciam discussões calorosas sobre política, e encontram na internet um espaço de debate (e, em alguns casos, agressão). Mas,e quando as brigas são no trabalho?

Pois foi exatamente isso que a Associação Americana de Psicologia quis descobrir em estudo (em inglês) divulgado neste mês. O objetivo era contabilizar quanto os “bate-bocas” entre os Republicanos e os Democratas – partidos com maior representatividade nos Estados Unidos – estavam interferindo no ambiente corporativo neste ano de eleições presidenciais. Eles constataram que, além de aumentar o estresse dos trabalhadores, as brigas estão diminuindo a produtividade por lá.

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Os pesquisadores obtiveram dados de 927 trabalhadores americanos que responderam o questionário entre 10 e 12 de agosto deste ano. Eles puderam perceber que 25% dos trabalhadores estão sendo afetados negativamente pelo debate político e que, principalmente os jovens, estão menos produtivos. Alguns dizem estar mais estressados e propensos à discussão.

Outro dado é que o sexo masculino é que sofre mais com as brigas: em comparação com as mulheres, quase o dobro de homens se sente menos eficiente. São os homens também que brigam mais por causa de política.As disputas fazem com que o grupo de homens jovens (18 a 34 anos) se sinta mais isolado do restante dos colegas. Eles acreditam que aumentou a hostilidade no ambiente de trabalho.

Quase metade dos entrevistados (47%) afirma que as pessoas estão mais propensas a debater sobre o tema nessas eleições se comparada com as anteriores. 48% deles já entrou em um bate-boca e 56% presenciou uma discussão entre colegas.

Um em dez dos entrevistados (10%) diz que já se sentiu tenso ou estressado; 15% tem tido uma atitude mais negativa em relação ao trabalho, 10% tem uma maior dificuldade para terminar as tarefas e acha que o resultado final tem sido inferior ao esperado. 13% se sente menos produtivo.

Apesar disso, alguns trabalhadores acreditam que as discussões políticas fizeram com que eles se sentissem mais ligados aos colegas (24%). Outros 23% relatam um aumento na admiração em relação aos pares. 54% faz o respeito imperar e diz que evita discutir sobre o assunto.

Em relação ao posicionamento político, a pesquisa descobriu que não existe diferença de estresse entre os republicanos e os democratas. Os “coxinhas” e os “petralhas” de terras americanas brigam o mesmo tanto. 27% acredita que os resultados dos embates normalmente são negativos para todos.

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