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João do Suco (PSDB, em pé) e Sabino Picolo (DEM, à dir.): principais concorrentes na briga pelo comando da Câmara Municipal | Felipe Rosa/ Gazeta do Povo
João do Suco (PSDB, em pé) e Sabino Picolo (DEM, à dir.): principais concorrentes na briga pelo comando da Câmara Municipal| Foto: Felipe Rosa/ Gazeta do Povo

Sete vereadores

Oposição estuda estratégias para conseguir cargo

Com apenas 7 das 38 cadeiras da Câmara de Curitiba, a bancada de oposição – formada pelo PT, PMDB e PV – faz as contas para tornar a candidatura de Paulo Salamuni (PV) viável. O vereador aposta no apoio de partidos que se posicionaram contrários a Derosso para aumentar a representatividade, caso do PDT e PPS. "A mudança verdadeira implica em troca de poder. Não se pode mudar apenas o nome do presidente. ", afirma. Na tentativa de convencer os colegas, Salamuni até lançou um blog para divulgar sua campanha.

A oposição também estuda apoiar a candidatura do vereador Caíque Ferrante (PRP), vereador que tem posicionamentos contrários à base em alguns casos. "Ele [Ferrante] pediu apoio individualmente [para sua candidatura], mas a bancada sempre vota em conjunto", revela Pedro Paulo (PT).

A possível aliança com a oposição é colocada por Ferrante como um ponto favorável para a viabilidade de sua candidatura. Nesse sentido, ele também destaca o apoio do PPS. "É preciso o diálogo para demover outro possível candidato [Salamuni]. Sem a oposição, a candidatura fica difícil, pois eles contam com sete votos", afirma.

A disputa pela presidência da Câmara de Curitiba já começou a causar divergências na base de apoio ao prefeito. Com 13 dos 38 vereadores, o PSDB deve lançar João do Suco, líder do prefeito, como candidato. Porém, embora haja o interesse de conciliar interesses de outros partidos ligados à situação, o atual presidente interino da Casa, Sabino Picolo (DEM), também deve concorrer, dividindo a base de apoio. Os dois candidatos tentam descolar suas imagens da de João Cláudio Derosso (PSDB), que renunciou anteontem após comandar a Casa por 15 anos. A eleição para substituí-lo será na próxima segunda-feira.

"Não abro mão de um presidente tucano. Hoje estamos sem nenhum cargo na mesa", afirma o líder do PSDB na Casa, Emerson Prado. "O João do Suco não pode ser associado ao ex-presidente. O Sabino é o candidato do Derosso", completa Prado.

Picolo, por outro lado, considera normal que sua imagem tente ser "colada" à do ex-presidente pelos seus adversários de disputa. "A situação sempre conseguiu se unir a ponto de não ter oposição nas últimas eleições. Agora, todos querem seu espaço. Acho natural que o Democratas tenha candidato", afirma.

Apesar das articulações já estarem em andamento, o panorama ainda pode ser alterado. Verea­­­dores do PSDB vão se encontrar hoje para determinar quem será o candidato e a sua estratégia. "Pode até ser que saia outro candidato, mas nosso objetivo é construir a maioria de uma forma tranquila", explica Prado. Outros partidos da base devem se encontrar até sexta-feira para afinar o discurso.

Além de lidar com a base, o PSDB ainda terá que convencer alguns vereadores do próprio partido a mudar de posicionamento. O tucano Paulo Frote, por exemplo, defende que o partido não lance candidato à presidência.

Já Professor Galdino (PSDB) continua a se apresentar como um possível sucessor de Derosso. Embora não conte com o apoio de outros membros do partido, ele promete não mudar de ideia. "Vou resistir até o último momento."

Independentes

Mesmo sem contar com o aval de outros parlamentares, os vereadores Juliano Borghetti (PP) e Dirceu Moreira (PSL) – que se intitulam independentes – também mantêm suas candidaturas. "Estou conversando individualmente com os parlamentares e vou buscar apoio dos partidos independentes", afirma Moreira. Borghetti é mais incisivo: "A Câmara não pode permitir que o prefeito escolha o novo presidente".

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