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Ratinho abriu mão da disputa à prefeitura por 2018. Osmar Dias também deve disputar o governo. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo/ Arquivo
Ratinho abriu mão da disputa à prefeitura por 2018. Osmar Dias também deve disputar o governo.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo/ Arquivo

O caminho para chegar ao Palácio Iguaçu em 2018 começa agora. A eleição de prefeitos no interior do Paraná e principalmente em Curitiba é vista por políticos como passo fundamental para ter força daqui a dois anos na disputa pelo governo. Por isso, alguns preferem até sacrificar composições que poderiam ser mais proveitosas no curto prazo, desde que ajudem numa futura aliança.

Perto do fim do prazo, partidos oficializam candidatos e disputam os últimos apoios

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Não parece ser à toa que cada um dos principais grupos políticos do estado está apoiando uma candidatura diferente em Curitiba. Cada um aposta em um cabo eleitoral diferente para daqui a dois anos. Ratinho Jr. (PSD), desde já candidato ao governo, está ao lado de Ney Leprevost (PSD). Osmar Dias (PDT), outro pretendente ao governo, apoia Gustavo Fruet (PDT). O senador Roberto Requião (PMDB), três vezes governador, lançou Requião Filho (PMDB).

Veja no infográfico quais são os candidatos e quem eles apoiam para 2018.

Alvaro Dias tem outra visão

Nem todos, porém, apostam suas fichas na eleição de Curitiba. O senador Alvaro Dias (PV) decidiu não apoiar ninguém na cidade. E diz que acha exagerada a avaliação de seus colegas quanto ao peso da eleição municipal. “As coisas mudam muito em dois anos. Inclusive você pode apoiar um prefeito ruim e depois a administração dele se voltar contra você”, afirma.

Também com os olhos postos em 2018, o ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), se recusou a apoiar um candidato fora do seu grupo agora. Mesmo sabendo que há candidatos mais fortes, que aumentariam a chance de poder imediato na capital, ele preferiu lançar a filha, Maria Victoria (PP). O objetivo, segundo ele próprio diz nos bastidores, é usar a campanha (e o tempo de tevê) para reforçar a candidatura da esposa, a vice-governadora Cida Borghetti (PP) ao governo do estado.

O governador Beto Richa (PSDB), por outro lado, usou estratégia diferente. Preferiu sacrificar mais uma vez seu partido em nome de uma aliança que pode fortalecê-lo mais à frente. Ao invés de lançar algum dos pré-candidatos tucanos, como o deputado federal Paulo Martins ou o estadual Mauro Moraes, fez um acordo com Rafael Greca (PMN), que, embora não diga isso em voz alta, certamente retribuirá o favor apoiando o grupo nas eleições estaduais.

Ratinho Jr., que era visto como um dos principais candidatos em Curitiba, depois de chegar ao segundo turno em 2012, abriu mão da candidatura, segundo se diz, em boa medida para montar sua base rumo a 2018. Sem precisar estar na capital, poderá viajar mais ao interior, elegendo aliados que apoiariam sua candidatura ao Palácio Iguaçu.

Processos amarrados

Houve ainda quem aproveitasse desde agora a proximidade com candidatos fortes a 2018 para tentar impulsionar a campanha para prefeito. Foi o caso da equipe do prefeito Gustavo Fruet.

Como o ex-senador Osmar Dias, correligionário de Fruet, é visto como um dos principais nomes para a eleição daqui a dois anos, os articuladores do atual prefeito tentaram amarrar os dois processos: quem apoiasse a reeleição de Fruet agora ganharia pontos para estar na aliança de Osmar mais à frente.

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