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2º turno em Londrina

Nedson declara apoio a Hauly; PT só deve decidir no sábado

Ao fazer sua manifestação em favor do tucano, o prefeito disse tratar-se de um “voto pessoal”. Ele repetiu as palavras de Wilson Moreira, que o apoiou em 2004

O prefeito Nedson Micheleti (PT) declarou nesta segunda-feira (6) apoio a Luiz Carlos Hauly (PSDB) no segundo turno da eleição de Londrina. Nedson, que não contou com o apoio do tucano no segundo turno contra Antonio Belinati (PP), em 2004, invocou o ex-prefeito Wilson Moreira – que o apoiou – para justificar sua postura, que segundo ele, é de caráter pessoal. "Para o segundo turno, faço como fez o ex-prefeito Wilson Moreira em 2004, voto na legítima defesa da cidade", declarou o prefeito através da assessoria de imprensa da Prefeitura.

Ainda segundo a assessoria, Nedson disse que se trata de "um voto pessoal" e que o partido e o candidato derrotado André Vargas "devem deliberar como vão fazer" no segundo turno. Na avaliação do prefeito, existem duas possibilidades para o PT. "Uma é indicar o voto no Hauly e outra é participar, discutir proposta de governo." Ele afirmou não acreditar que o PT opte pela neutralidade nesse segundo turno. O prefeito avalia que "o voto em Belinati é impensável".

Segundo Nedson, Hauly ultrapassou Barbosa Neto (PDT) na reta final da campanha porque, na última hora, o número grande de indecisos migrou para uma candidatura "que polarizasse para evitar que ficassem duas pessoas do mesmo campo de atuação". Segundo ele, um segundo turno entre o pedetista e Belinati seria uma disputa entre dois candidatos do campo populista.

A respeito da renovação de 68% na Câmara Municipal, o prefeito disse considerar que o eleitor "preferiu trocar", mas ressaltou que o seu partido, o PT, manteve o mesmo número de cadeiras, embora nenhum dos atuais vereadores da legenda tenha sido reeleito.

O candidato do PT, André Vargas, que ficou em quinto lugar, com 14.506 votos (5,36%), disse que o partido ainda não decidiu apoio. "O voto no Belinati é impensável, mas a decisão de apoiar é uma decisão política que deve ser tomada em conjunto com o partido", afirmou. Ele disse não ter pressa em tomar a decisão. Segundo o deputado, se Belinati tivesse sido impugnado e Barbosa fosse chamado para disputar com Hauly, a situação seria diferente. "O Barbosa Neto é um candidato da base aliada", justificou. De acordo com Vargas, o diretório municipal do PT se reúne no próximo sábado.

Ele negou que o PT vá repetir o posicionamento de Hauly no segundo turno de 2004, quando o tucano negou apoio a Nedson, na disputa contra Belinati. "Não é porque ele se equivocou que nós vamos nos equivocar", concluiu.

A postura de Nedson repete a de Luiz Eduardo Cheida (PMDB), que administrava a cidade e era filiado ao PT em 1996, quando Hauly e Belinati disputaram o segundo turno pela primeira vez. Na oportunidade, Cheida declarou apoio ao tucano, rachando o seu partido. Vargas também foi com Hauly, mas outras figuras, como o hoje ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, apoiaram Belinati.

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