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Os principais candidatos ao governo de São Paulo travaram uma disputa sobre a atuação de Aloizio Mercadante (PT) como senador na defesa de projetos de interesse do estado, no programa eleitoral na televisão na tarde de hoje.

O programa de Geraldo Alckmin (PSDB), que tem repetidamente exibido documentos que comprovam a ausência de Mercadante em votações referentes a empréstimos para o estado, voltou a fazer provocações e exibiu uma cena em que o petista afirma ter tirado uma tarde inteira, em 2004, para assistir aos programas eleitorais de José Serra (PSDB) que, na época, disputava a Prefeitura de São Paulo contra Marta Suplicy (PT). "Não é de hoje que Mercadante falta ao Senado", disse um ator. Alckmin não fez acusações diretas ao candidato petista.

Mercadante, por sua vez, gastou boa parte do programa para se defender. "Participei ativamente da aprovação dos 36 empréstimos para Metrô, CPTM e outras obras, inclusive para projetos referentes à Copa do Mundo". "Nas três vezes em que eu não participei diretamente, duas foram por licença médica, me recuperando de cirurgias, e a outra, por causa da abertura oficial da minha campanha", afirmou. "Mesmo assim tive participação decisiva como líder do governo Lula, deixei tudo acertado em Brasília, coordenando as negociações dos acordos com todos os partidos para que os empréstimos fossem aprovados, como foram", acrescentou.PSDB

Mercadante também fez críticas ao PSDB, que governa o Estado há 16 anos. "Nos últimos 16 anos o PSDB procurou transferir os próprios erros para os prefeitos e para o governo federal". "Você sabe, quando a gente foge da responsabilidade, nunca resolve as dificuldades, eu quero mudar essa atitude", disse.

A candidata à Presidência, Dilma Rousseff, e o presidente Lula também pediram votos para Mercadante. "Mercadante vai ter o apoio de Lula e Dilma para fazer o coração de São Paulo bater no mesmo ritmo do Brasil", afirmou o locutor.

Alckmin dedicou a maior parte de seu programa a propostas na área de educação. Ele prometeu ampliar a Escola de Formação dos Professores, criada por José Serra, candidato à Presidência pelo PSDB e ex-governador do estado. "Serra implantou e eu vou investir na escola de formação dos professores", disse Alckmin, na única referência direta a Serra em todo o programa.

Experiência

Celso Russomanno (PP) e Paulo Skaf (PSB) exploraram suas experiências políticas e administrativas na tentativa de conquistar o eleitor. "Acumulei experiência durante todos esses anos e estou preparado para governar São Paulo", afirmou Russomanno, citando que foi deputado federal por quatro mandatos e membro da Comissão de Defesa do Consumidor.

"Eu sou um cara experiente e respeitado que já fez muita coisa importante na vida e posso melhorar nosso estado, disse Skaf. "Ou você acredita nisso e me dá uma chance, ou vota no Alckmin e no Mercadante, afinal o voto é seu", acrescentou o candidato, que também citou o presidente Lula e pregou o voto na esperança, no lugar do medo. "Sinto que o povo de São Paulo não está contente, que mudar, mas tem medo".

Fábio Feldmann (PV) voltou a defender o fortalecimento da influência de São Paulo no País sob a forma de "ideias inovadoras", como a lei antifumo, o programa Cidade Limpa e a Lei do Clima. "Minha ideia é trabalhar para fortalecer esse conceito com propostas fortes e transformadoras", disse. A candidata à Presidência pelo PV, Marina Silva, apareceu pedindo votos para Feldmann.

Luiz Carlos Prates, o "Mancha" (PSTU), pregou o combate ao preconceito contra os negros. O programa de Paulo Bufalo (PSOL) voltou a criticar a aprovação da Medida Provisória 458, conhecida como MP da Grilagem, que recebeu votos favoráveis de deputados do PT e do PV. Igor Grabois (PCB) disse que o partido foi muitas vezes colocado na ilegalidade e que agora os adversários usam medidas jurídicas para este fim. "Todas as vezes nos reerguemos", afirmou. Anaí Caproni (PCO) criticou a privatização do transporte público e a concessão de estradas no estado.

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