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Cálculos feitos pelo cientista político Cesar Zucco mostram correlação entre o alcance do programa Bolsa Família nos 5.565 municípios brasileiros e a proporção de votos direcionados a Dilma Rousseff (PT) na eleição presidencial.

Comparando apenas cidades de perfil socioeconômico similar, Zucco, que leciona na Universidade Princeton, nos Estados Unidos calculou que Dilma teve 0,13 ponto porcentual de votos a mais para cada ponto porcentual adicional na cobertura do Bolsa Família. Ou seja, comparando-se cidades similares e com 50% e 60% da população atendida pelo programa, a petista teve 1,3 ponto porcentual a mais de votos, em média, nas do segundo grupo.

Não se pode, porém, apontar o Bolsa Família como único ou mesmo principal fator de definição de voto nessas áreas. No Nordeste, por exemplo, as taxas de emprego têm crescido acima da média nacional. Para saber o peso exato do programa de transferência de renda na eleição, afirma Zucco, seria preciso fazer uma pesquisa específica sobre o comportamento dos eleitores.

Segundo o cientista político, os mesmos cruzamentos de votação e alcance do programa social indicam que seu efeito foi maior no segundo turno da eleição presidencial de 2006. Ele supõe que, agora, Marina Silva (PV) possa ter conquistado parte do "eleitorado Bolsa Família" que, há quatro anos, votou na reeleição do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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