Com a chegada do horário de verão no Brasil, a Argentina se distanciou do horário de Brasília e a votação começou uma hora mais tarde. A Argentina é o maior colégio eleitoral brasileiro fora do País na América Latina, com 4.284 eleitores inscritos, entre os mais de 200 mil que vivem no exterior. Destes, 3.877 votam nas dez seções eleitorais em Buenos Aires, 292 em Córdoba e 115 em Mendoza, cada cidade com uma seção. No primeiro turno das eleições no país, o índice de abstenção chegou a 44,2%.
Somente 2.392 eleitores votaram, entre os quais a candidata a presidente Dilma Rousseff (PT) captou 58,4% (1.348) dos votos, contra 25,6% (590) do candidato José Serra (PSDB). A senadora Marina Silva (PV-AC) teve 14,2% dos votos válidos (327) no primeiro turno. Houve um total de 39 votos em branco e 37 nulos.
A cônsul-geral do Brasil na capital argentina, Gladys Ann Garry Facó, diz que o comparecimento às urnas foi maior que nas eleições de 2006, quando o Consulado Geral do Brasil na capital contava com menos inscritos: 2.400 eleitores, dos quais somente 900 compareceram às urnas.
As seções eleitorais montadas na Embaixada do Brasil na Argentina e nos Consulados-Gerais do Brasil em Córdoba e Mendoza serão compostas por quatro mesários. Gladys convocou 40 integrantes da comunidade brasileira para compor as seções eleitorais. "O eleitor inscrito residente na Argentina que não votar poderá justificar o voto a partir do dia seguinte", avisou ressaltando que "eleitor em trânsito não pode votar e tem prazo de 60 dias para justificar".
O Consulado Geral do Brasil na capital portenha alerta os brasileiros de que é preciso levar um documento argentino ou nacional com foto junto com o título de eleitor. Caso contrário, o eleitor não poderá votar. "Não é conveniente deixar para votar na última hora para evitar longas filas no final da votação", recomenda.
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