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“Entreguei o gabinete ao Aciolli em 2008 e ele prometeu me devolver. (...) Devo naturalmente assumir a liderança do partido na Câmara", Paulo Salamuni (PV), que assumirá a vaga de Roberto Aciolli na Câmara Municipal de Curitiba | Priscila Forone / Gazeta do Povo
“Entreguei o gabinete ao Aciolli em 2008 e ele prometeu me devolver. (...) Devo naturalmente assumir a liderança do partido na Câmara", Paulo Salamuni (PV), que assumirá a vaga de Roberto Aciolli na Câmara Municipal de Curitiba| Foto: Priscila Forone / Gazeta do Povo

Os suplentes de vereador Paulo Salamuni (PV) e Nely Almeida (PSDB) reassumem mandatos na Câmara Municipal de Curitiba. As duas caras (nem tão) novas são o saldo das eleições para deputado estadual. Dos 17 vereadores da capital que concorreram a uma vaga na Assembleia Legislativa, apenas dois conseguiram se eleger: Roberto Aciolli (PV) e Mara Lima (PSDB).

A cadeira vazia deixada por Aciolly, eleito deputado com 45.708 votos, será ocupada por Salamuni, que como candidato a governador pelo PV conquistou 1,4% dos votos válidos (81.576). Veterano de cinco mandatos na casa, Salamuni garante não estar ansioso para reassumir o cargo. "Entreguei o gabinete ao Aciolli em 2008 e ele prometeu me devolver. Já liguei para ele para parabenizá-lo e, a princípio, parece que ele cumprirá o mandato até o final [da legislatura]. Por mim tudo bem, pois tenho trabalhos a concluir na Procu­­­radoria do Mu­­­nicípio. Quando eu for requisitado estarei pronto", garante Salamuni. "Devo naturalmente assumir a liderança do partido na Câmara e já começar a prepará-lo para as eleições municipais."

A vaga de Mara Lima, eleita deputa estadual com 56.516 votos, será ocupada pela experiente Nely Almeida, que se prepara para seu sexto mandato na Câmara. Como a nova deputada ainda não decidiu se vai renunciar ao mandato ou cumpri-lo até o final do ano, sua suplente aguarda para saber se assume já ou em 1.º de janeiro.

"Ainda não conversei com Mara Lima, mas ela fez uma campanha linda e vai saber escolher", empolga-se a vereadora, muito feliz de voltar à Câmara, que frequenta desde 1988. "Quero ver se trabalho bastante e dentro das minhas possibilidades. Quero reencontrar os amigos como o Sala­­muni. Eu e ele sempre voltamos para lá."

Segundo turno

Na avaliação de Salamuni, apesar de sua pouco expressiva votação para o governo, o PV saiu fortalecido das elei­­­­ções."Fiquei satisfeito com acampanha de alto nível, mesmo com toda a dificuldade. Conseguimos eleger a [deputada federal] Rosane Ferreira, uma militante antiga do partido. Além disso, conseguimos aumentar nossa representatividade na Assembleia com o Aciolli e o Rasca Rodri­­gues, que é um quadro comprometido com a nossa ideologia", diz Sa­­lamuni.

Ontem, ainda antes da reunião da direção estadual do partido, que iria avaliar as campanhas e discutir o futuro da legenda, Salamuni disse que a tendência é o PV aguardar a definição da executiva nacional para só então decidir sobre um possível apoio no segundo turno da campanha presidencial. "O segundo turno é bom para o Brasil. Sempre existe a possibilidade da neutralidade, mas acredito que esta não seja a tendência", avalia Salamuni. Ele diz que o PV tem mais afinidades com o PSDB, mas garante que nada está definido. "A única certeza é que seremos procurados pelos dois lados. Aqui no Paraná, pelo Beto [Richa, governador eleito] e pela Gleisi Hoffmann [senadora eleita pelo PT], que representam as forças da disputa. Para onde executiva nacional for, iremos também. Nosso partido tem unidade."

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