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“Infelizmente, nosso adversário, candidato da turma do contra (...), resolveu partir para os ataques pessoais e para a baixaria”, Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República | Wilson Dias / Agência Brasil
“Infelizmente, nosso adversário, candidato da turma do contra (...), resolveu partir para os ataques pessoais e para a baixaria”, Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República| Foto: Wilson Dias / Agência Brasil

São Paulo - O episódio da violação de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao candidado tucano à Presidência, José Serra, virou uma "guerra" de versões na propaganda eleitoral gratuita na televisão. Ontem, Serra usou seu programa da tarde para rebater o presidente Lula, sem citá-lo nominalmente. O presidente havia aparecido na terça-feira na propaganda de Dilma Rousseff (PT) dizendo que o adversário tinha partido para a "baixaria" ao acusar a petista de participação no vazamento de dados da Receita Federal (a defesa de Dilma por Lula, aliás, foi reexibida ontem à tarde).

Serra, na tevê, disse que "a pessoa que deve explicações [sobre o vazamento de dados da Receita Federal] se esconde atrás de ministros e até do presidente da República", numa alusão a Dilma.

Ele disse estar indignado e criticou a violação do sigilo de seu genro, Alexandre Bourgeois – a Receita, porém, alega que o sigilo do genro não foi violado e que apenas dados cadastrais não sigilosos foram acessados. "Agora, mais um caso de sigilo violado. Desta vez, o do meu genro", afirmou Serra, cuja filha Verônica teve de fato dados tributários sigilosos acessados indevidamente, juntamente com outros quatro dirigentes tucanos.

O candidato ainda afirmou que "os suspeitos são ligados ao PT" e que "a campanha e o governo (...) debocham das vítimas e insinuam que elas são culpadas". Serra também disse que os crimes não são contra sua campanha, mas "contra o Brasil, contra a Constituição e os eleitores". Já o locutor do programa tucano afirmou que o que aconteceu na Receita "é comum em ditaduras" e que "numa democracia isso é crime".

Já o programa de Dilma reexebiu a versão usada na terça, em que Lula a defende das acusações do PSDB. O presidente chamou a atitude dos opositores de "desespero" e "preconceito contra a mulher".

Embora o PT e o governo venham tentando despolitizar a questão dos vazamentos dos dados da Receita, Lula usou argumentos eleitorais para fazer a defesa de sua candidata. "Dilma tem feito uma campanha elevada, discutindo propostas e ideias, mostrando o que fizemos e o que ainda faremos pelo Brasil", disse o presidente. "Mas, infelizmente, nosso adversário, candidato da turma do contra, que torce o nariz para tudo o que o povo brasileiro conquistou nos últimos anos, resolveu partir para os ataques pessoais e para a baixaria", disse Lula.

Críticas verdes

Assim como Serra, a candidata do PV à Presidência, Marina Silva, criticou o governo e conclamou ontem os contribuintes a perguntarem oficialmente, e por escrito, à Receita se também tiveram violado ilegalmente seu sigilo fiscal. Ela lembrou que a propria Receita já admitiu que mais de 2 mil contribuintes teriam tido seus dados acessados ilegalmente. Marina também condenou Lula por ter gravado o programa defendendo Dilma.

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