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 | Antônio Costa / Agência de Notícias Gazeta do Povo
| Foto: Antônio Costa / Agência de Notícias Gazeta do Povo

A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, cobrou neste domingo (29) o aprofundamento do debate na campanha eleitoral e fez críticas indiretas a seus adversários na disputa.

Marina apontou o que chamou de "ansiedade tóxica de fazer malabarismos para o eleitor" e comparou os programas eleitorais a novelas, afirmando que "estão pintando o mundo cinematograficamente".

"O programa eleitoral virou quase que uma continuidade de novela, só que não com a qualidade das novelas. Tudo está cor de rosa ou tudo vai ficar azul. Nós estamos dizendo que tem problemas que precisam ser debatidos, que é preciso ter um olhar para o Brasil real, o Brasil da favela do Coque (no Recife), o Brasil que não fez a reforma tributária, esse Brasil que fica uma hora na fila para conseguir uma consulta", disse, após um café da manhã em São Paulo com integrantes de sua campanha.

Sem citar o nome de Dilma Rousseff (PT), Marina rejeitou a figura de "um pai salvador e uma mãe salvadora" e cobrou uma discussão "madura, que não infantilize". A campanha da petista e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm evocado a figura materna em torno de Dilma. A petista aliás, já havia recebido o título informal de "mãe do PAC" por parte do presidente quando era ministra da Casa Civil.

Quebra de sigilo

Assim como havia feito no sábado (28), a candidata do PV cobrou do Ministério da Fazenda uma resposta sobre o acesso a dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e de outras pessoas ligadas aos tucanos. O caso está sendo investigado num procedimento administrativo da Receita Federal.

"Onde já se viu, mais de quarenta pessoas envolvidas na quebra de informações sigilosas que devem ser respeitadas pela legislação tributária e não se tem uma palavra do Ministério da Fazenda, do ministro da Fazenda em relação a um caso como esse", questionou.

Para ela, o episódio deixa os brasileiros numa situação de "vulnerabilidade". "Se isso acontece numa área tão sensível, pode estar acontecendo em outras áreas?", apontou.

Marina disse que não poderia fazer um julgamento antecipado e relacionar o episódio à campanha eleitoral, mas criticou o tratamento do assunto na campanha. "Não podemos olhar um problema dessa gravidade preocupados apenas com o desgaste eleitoral que poderia ser causado."

Ela acrescentou que, com ou sem motivação política, o caso ilustra um "problema gravíssimo de falta de controle" e cutucou os adversários. "Num mundo em que as pessoas se vangloriam tanto da gestão, que gerência é essa?"

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