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A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, defendeu neste sábado (28), em Brasília, que o Ministério da Fazenda se responsabilize pelas investigações sobre o vazamento de dados sigilosos fiscais de quatro integrantes do PSDB.

Nesta sexta-feira (27), o corregedor-geral da Receita Federal, Antonio Carlos Costa D’Avila, afirmou que as investigações feitas pelo órgão na apuração do caso identificaram indícios da existência de um "balcão de compra e venda" de informações da Receita. Marina falou sobre o assunto durante uma caminhada no Parque da Cidade, em Brasília, nesta manhã

"É fundamental que se te tenha uma investigação rigorosa, punição rigorosa, e que o Ministério da Fazenda assuma o controle disso e se responsabilidade para que esse tipo de coisa não fique vulnerabilizando o estado democrático de direito", afirmou a candidata.

Segundo Marina, casos como esse levam a uma insegurança do sistema, especialmente no período eleitoral. Na sexta-feira, o secretário nacional da Receita Federal afirmou que o órgão está "extremamente constrangido" e "traumatizado" com o episódio dos tucanos. Marina ainda também defendeu que haja punição para os responsáveis pelo vazamento.

"Investigação. Punição para os culpados. Tem de se ter uma gestão que não perde o controle. Não se pode perder o controle na gestão pública naquilo que não pode ser violado. Eu fico imaginado o que pode acontecer com o resto. Eu sou a favor de que se tenha um controle social, para que as instituições públicas possam agir com transparência e profissionalismo e evitar esse tipo de situação que leva a uma insegurança total, inclusive em um momento como esse", disse Marina.

A candidata também comentou os números da última pesquisa Ibope, divulgada neste sábado. Pelo levantamento, Marina caiu um ponto percentual, e aparece com 7% das intenções de voto. Marina disse que o que sente nas ruas é diferente do apontado pelas pesquisas. Ela afirmou que não vai brigar com as pesquisas".

"O que eu sinto nas ruas é muito diferente do que eu vejo nas pesquisas. Eu não vou brigar com as pesquisas, eu vou continuar conversando com as pessoas. Apresentando as propostas, debatendo com a concorrência. Que eu nem considero adversário. Eu não gosto dessa coisa de adversário, de inimigo, como se cria esse clima no Brasil. Eu quero discutir com as pessoas, com respeito, com firmeza e ao mesmo tempo dizendo para os brasileiros.

Marina voltou a afirmar que acredita ser possível chegar ao segundo turno das eleições.

"Se nós podemos ouvir duas vezes, pensar duas vezes, antes de entregar o futuro do Brasil pelos próximos quatro anos, então, porque nós vamos abrir mão desse direito e descuidar do Brasil? Nós ainda temos o segundo tempo para jogar o jogo da democracia", disse a candidata.

Discurso com megafone

Marina andou por cerca de 10 minutos no Parque da Cidade. A caminha com a militância foi reduzida devido ao sol intenso. Após, os militantes se instalaran embaixo de algumas árvores e acompanharan sentados no chão o discurso da candidata. Marina fez uso de uma megafone para poder ser ouvida.

"Isso [falar no megafone] eu não fazia desde o tempo do Chico Mendes, lá no movimento dos seringueiros. Eu estou me sentindo em casa".

Marina passa a tarde de sábado em Brasília, onde almoça com as filhas, que não vê há cerca de 50 dias. À noite, embarca para São Paulo onde neste domingo, reúne-se com a equipe de coordenação de campanha.

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