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Beto reúne prefeitos e faz campanha para Serra

O principal cabo eleitoral de José Serra (PSDB) no Paraná, o governador eleito Beto Richa, vai unir sua agenda oficial com a agenda de campanha em prol do candidato tucano à Presidência. Na quarta-feira (20), Richa se reúne com prefeitos e lideranças políticas dos municípios do Oeste e Sudoeste do estado.

Pela manhã, ele estará em Pato Branco para um encontro com os 42 prefeitos da Amsop (Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná). Ao meio-dia, Richa e a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) fazem campanha pró-Serra. Depois o governador eleito viaja para Cascavel, onde também vai reforçar a campanha do candidato tucano e depois se encontra com prefeitos da Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná).

A senadora eleita pelo Paraná, Gleisi Hoffmann (PT), disse nesta segunda-feira (18) em Cascavel, no Oeste do Paraná, que a soberba impediu a eleição da candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) no primeiro turno. "Esse salto alto fez com que nós não percebêssemos um movimento muito forte de desconstrução da imagem de Dilma, que nós até víamos, mas não demos a devida importância em responder", disse.

Gleisi tomou café da manhã com o arcebispo da cidade Dom Mauro dos Santos. Ela está na cidade para fazer campanha para a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. A tarde, a senadora eleita participou de encontro com a comunidade evangélica.

Ela se referia a troca de e-mails e vídeos que recomendavam não votar em Dilma por suas posições favoráveis, antes do primeiro turno, a descriminalização do aborto e a união civil entre homossexuais. A ofensiva partiu de religiosos ligados à Igreja Católica e principalmente evangélicos.

Hoffmann disse que a coordenação de campanha não tinha acesso aos locais de onde teriam partido os ataques. "Quando a Dilma era criticada no púlpito de uma igreja, seja ela católica ou evangélica, como aconteceu e a gente viu isso, não tínhamos espaço. Não podíamos pedir direito de resposta. Não tem como ir à igreja", afirmou.

A senadora admite que na última semana antes das eleições essas recomendações oriundas de pastores e padres foram determinantes para a realização do segundo turno. "Faltou um pouco de habilidade da nossa parte", declarou. Ela disse ter informação de que em muitas igrejas a recomendação dos pastores era para que os fiéis votassem em Marina Silva, que também é evangélica. "Isso teve um impacto muito forte", avalia.

Criticas

Gleisi Hoffmann também criticou o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, que no programa eleitoral de domingo (17) usou os pastores Silas Malafaia e José Wellington Bezerra para atrair o voto evangélico. "O Serra virou um religioso convicto e está indo em todas as missas. Fez até um santinho, literalmente um santinho, com a frase Jesus é a verdade, assinado José Serra, o novo discípulo", observou, se referindo aos cartões distribuídos pela campanha do tucano em São Paulo na semana passada.

Para ela, a questão religiosa tem que ser tratada com cautela. "A religião é uma questão de fé. É claro que tem questões de valores importantes, valores de defesa da vida, valores de defesa da família, o que a gente professa", ressaltou. Ela diz que transformar assuntos religiosos em bandeira eleitoral pode ser perigoso. "O PT não pretende explorar isso dessa forma", sentenciou.

Hoffmann usou a Bíblia para colocar sua posição sobre a polêmica. "Se fosse para a gente ir a fundo no Evangelho teria que talvez resgatar Mateus (1º Evangelho do Novo Testamento) quando perguntam a Cristo o que caracteriza um cristão realmente temente a Deus e ele diz que não é alguém que vai à igreja, que anda com a bíblia, mas diz: 'tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, estava nu e me vestistes'. Acho que a gente tem que ter essa visão, trazer isso para a política e não usar a religião", enfatizou.

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