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A Polícia Civil de Alagoas realizou, neste domingo (26), uma operação contra crimes eleitorais na cidade de Santana do Mundaú (AL). Cerca de 80 policiais estavam envolvidos na operação, denominada "Operação Palmares". Vinte mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

"Apreendemos todo tipo de documento fiscal da prefeitura, computadores e encontramos muitos donativos, entre colchões, lençóis e roupas que deveriam ter sido destribuídos a vítimas das enchentes na cidade. A suspeita é de que esses objetos seriam usados para fins eleitoreiros, possivelmente para troca de votos", diz ao G1 Daniel Pinto, coordenador da Operação Asfixia, da Polícia Civil, uma operação permanente que atuou na Operação Palmares.

Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo juiz da zona eleitoral, Marcelo Tadeu, e pela 17ª Vara Criminal. Segundo Pinto, os objetos apreendidos ainda estão sendo contabilizados, e os documentos passarão por perícia.

"O prefeito está acompanhando a operação da polícia, e posso afirmar que os donativos estavam sendo entregues regularmente às pessoas que realmente estavam precisando. Em nenhum momento a prefeitura fez uso político disso, inclusive porque a cidade de Santana [do Mundaú] foi uma das mais destruídas pelas enchentes deste ano. Nunca passou pela cabeça dele fazer uso político disso, até porque seria inaceitável", diz ao G1 Gustavo Ferreira, advogado do prefeito Eloi da Silva.

Segundo Ferreira, devido à destruição causada pelas chuvas, muitos órgãos da prefeitura passaram a funcionar na casa de secretários. "Eles estavam funcionando nas poucas casas que ficaram em pé. O motivo não era para favorecer um ou outro, mas porque a estrutura física do poder municipal foi quase toda abaixo", afirma.

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