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O engajamento do presidente Lula na campanha de Osmar Dias (PDT) nas últimas semanas e o crescimento da candidata à Presi­­­dência Dilma Rousseff no Paraná foram apontados como os principais fatores responsáveis pelo crescimento do candidato a governador na pesquisa do Ibope/RPC.

"O crescimento aliado à popularidade do presidente Lula era inevitável, mas demorou a chegar no Paraná pelo impasse na formação dos arranjos regionais", disse o professor de Ciência Política da UFPR, Ricardo Costa de Oliveira. O professor percebe uma tendência de inversão no quadro eleitoral, mas ressalta que a vantagem de Beto Richa ainda é cômoda. "Os números de Richa pouco se alteraram, mesmo com o mau desempenho nacional de seu partido, mas a eleição deve ficar mais acirrada nas últimas semanas", analisa.

Além da presença física de Lula no Paraná, – o presidente já veio duas vezes e tem outras três visitas programadas até as eleições –, a estratégia de trazê-lo para a disputa paranaense incluiu uma mudança de linguagem na campanha de Osmar: o presidente assumiu posição central nos moldes do que faz com a candidata Dilma.

A propaganda gratuita na tevê e no rádio, por exemplo, apostou em uma conversa informal de Lula com Osmar num clima de intimidade que o pedetista tenta usar a seu favor. "Costumo dizer que se alguma coisa der errado eu posso ligar pro Lula e me aconselhar", disse Osmar. O candidato também falou que vai poder entrar "pela porta da cozinha da casa da Dilma", insinuando que a proximidade com o governo federal será decisiva na implementação de projetos e obtenção de recursos para o estado.

O ex-senador citou como resultado desta aproximação o "fundo de catástrofe", um seguro rural cujo o projeto de sua autoria fora engavetado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e aprovado por Lula em função da proximidade entre os dois.

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