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O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, criticou ontem a situação da malha rodoviária federal brasileira, afirmando que o país está cheio de "estradas da morte". Serra também atacou o que chamou de loteamento político no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e se disse favorável a uma negociação para a estadualização de BRs, com o repasse integral para os estados dos recursos arrecadados com a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) – cobrada sobre o consumo dos combustíveis.

Em visita a Belo Horizonte, onde participou do programa "Minas Urgente", da TV Bandeirantes, o candidato tucano afirmou que, nos últimos oito anos, o governo arrecadou por meio da Cide aproximadamente R$ 65 bilhões, mas apenas 1/3 deste montante teria sido gasto em investimentos nas BRs. Segundo ele, de cada 10 rodovias federais, oito estão "esburacadas". "Das estradas federais, de cada 10, oito não têm condições de operar. Está cheio de estrada da morte por todo lugar", afirmou Serra, para quem o atual "modelo federal não funcionou".

Conforme o candidato tucano, o Dnit é um órgão que atua sem planejamento e "por critérios puramente político-partidários". Segundo ele, "totalmente loteado entre políticos", o órgão "serve para atrapalhar". "Então, a prioridade deixa de ser o interesse nacional, público, e passa ser o interesse político daqui ou dali. Isso comigo vai acabar", prometeu.

O candidato do PSDB citou ainda como opção para a melhoria de algumas BRs o modelo de concessões adotado em São Paulo. Mas negou, ao ser questionado, que tenha a intenção de privatizar as rodovias federais em Minas. "Uma coisa é fazer concessão, outra é privatizar. Eu acho que em alguns casos pode fazer concessão. No caso de São Paulo foi feita e 75% dos usuários consideram ótima ou boa (a ma­­lha rodoviária)."

A escolha de Minas Gerais para fazer o discurso sobre estradas tem origem no fato de o estado ter a maior malha federal do país. E também na proposta de Aécio Neves (PSDB) para estadua­­­lização de rodovias.

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