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Aplausos, abraços, beijos e fotos com eleitores, mas também vaias e protestos de fieis marcaram a caminhada do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, na procissão de Nossa Senhora das Dores, padroeira de Juazeiro do Norte, fundada por Padre Cícero e centro da religiosidade nordestina.

Ao lado do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), militantes e lideranças, Serra aguardava ao lado da Praça de São Pedro para se juntar à procissão. Mas diante da confusão provocada por dezenas de jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas, um padre pediu aos candidatos que seguissem na frente para evitar tumulto. Serra encerrou sua participação assistindo a uma celebração ao ar livre, na basílica da padroeira.

Em alguns momentos, recebeu vaias que os aplausos da militância tentavam abafar. O candidato ignorou e acenava para as pessoas que ficavam nas calçadas decoradas com balões e imagens da santa no percurso da procissão.

Um dos mais indignados foi o comerciante Francisco Guilherme Pinheiro, que reclamou em voz alta, quando Serra passou pela sua rua Santa Rosa, uma das mais enfeitadas.

"Isso é um desrespeito. Só vêm aqui de quatro em quatro anos. Esse ano até a Igreja colocou as bandas de Juazeiro para tocar atrás para não tirar a concentração, e vem os políticos na frente", criticou.

A aposentada Maria de Lurdes Pinheiro Duarte, de 68 anos, considerou a presença de Serra "ridícula". "Isso é uma palhaçada", disse.

Também houve quem aplaudisse a passagem de Serra. Para Socorro Sobreira, que se declarou eleitora dele, "foi uma benção". Outra eleitora que não quis se identificar reagiu quando alguém reclamou em voz alta.

"Quem disse que Nossa Senhora não gosta disso? Claro que gosta, um homem com esse valor", acrescentou.

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