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O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse que seu grupo político é o que tem condições de gerar expectativa positiva dos investidores para que o Brasil possa crescer e fez afagos aos militares logo depois de desembarcar no aeroporto de Santa Maria para ato de campanha na cidade da região central do Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira, 25.

"Temos que agir hoje pensando no futuro", falou aos repórteres, em rápida entrevista coletiva. "Ou encerramos um ciclo perverso de crescimento baixo e inflação alta para que o Brasil volte a gerar confiança nos investidores e o Estado se organize para fazer os investimentos necessários em infraestrutura ou vamos estar lamentando daqui a quatro anos mais um equívoco".

O tucano disse estar "extremamente feliz" pelo atual momento da sua campanha e, na sequência, citou as características de Santa Maria, um centro universitário e militar, para falar de suas propostas. "Venho em um momento em que nossa candidatura mostra sua recuperação", reiterou, prevendo "grande resultado".

"Será um resultado que permitirá um governo de respeito à ordem, às regras do mercado e à segurança jurídica e quero dizer, em Santa Maria, de forma especial, às Forças Armadas, hoje sucateadas, que precisam ter plano de investimento e de profissionalização de médio e longo prazo".

Questionado pelos repórteres, Aécio voltou a dizer que o fator previdenciário será substituído por um mecanismo que não puna os aposentados. Mas não especificou como será essa mudança, "Vamos fazer num diálogo franco com a classe trabalhadora", prometeu, admitindo que existem propostas tramitando no Congresso, inclusive a do petista Pepe Vargas, que calcula o benefício juntando idade e tempo de serviço, que podem ser um caminho.

"Nosso compromisso é garantir o reajuste real do salário mínimo, o reajuste da tabela do Imposto de Renda pela inflação e corrigir ao longo do tempo a defasagem que aí esta e negociar um novo instrumento que não puna como vem punindo os aposentados o fator previdenciário", reiterou Aécio.

O candidato tucano também acusou a bancada governista no Congresso Federal de evitar a votação de propostas favoráveis aos Estados e municípios, como a mudança das alíquotas de atualização das dívidas com a União. Defendeu, ainda, que o governo federal, quando faz suas desonerações não faça também na parte que não é sua, a dos Estados e municípios.

Acompanhado da também senadora Ana Amélia Lemos (PP), líder nas pesquisas de intenção de voto para o governo do Rio Grande do Sul, e do deputado federal Nelson Marchezan Júnior (PSDB), que tem base eleitoral na região, Aécio percorreu os 200 metros do calçadão Salvador Isaías, no centro da cidade, escoltado por cerca de 150 militantes.

No trajeto, percorrido em menos de meia hora, cumprimentou funcionários de lojas, tirou fotografias com alguns deles, distribuiu abraços e acenou para quem olhava de janelas, enquanto os acompanhantes gritavam seu nome ou o de Ana Amelia ou o coro "fora, PT".

Quando chegaram à praça Saldanha Marinho, Aécio e seus simpatizantes passaram por portadores de bandeiras de todos os partidos que ficam no local fazendo propaganda política. Uma parte dos militantes voltou a gritar "fora, PT", mas os poucos adversários que estavam no local evitaram a provocação e permaneceram quietos, segurando suas bandeiras e olhando a passagem dos tucanos e aliados.

Ao final da caminhada, Aécio subiu em uma caminhão de som e, em discurso de menos de um minuto, afirmou que "chegou a hora da virada".ET

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